A inteligência artificial (IA) surge como uma força transformadora em diversos setores, impulsiona avanços inovadores na forma como interagimos com a tecnologia e otimiza processos complexos. No mercado atual, algumas de opções de IA estão disponíveis, e cada uma oferece abordagens exclusivas para resolver problemas e atender às necessidades específicas de diversos setores. Dentro delas, podemos citar os chatbots da Anthropic, a startup de IA apoiada pelo Google, e da OpenAI, o ChatGPT.
Vale lembrar que, além de contar com o apoio do Google, a Anthropic foi fundada por um time de ex-engenheiros da OpenAI, que divergiram sobre a direção cada vez mais comercial da empresa à medida que sua parceria com a Microsoft prosseguia. Agora, a rival do ChatGPT anuncia uma nova atualização em seu chatbot, o Claude 2,1. A novidade vai permitir que sejam digeridos até 200 mil tokens de uma só vez para usuários do nível Pro, o que, segundo ela, equivale a mais de 500 páginas de material, além de traduzir cerca de 150 mil palavras.
Como o chatbot da Anthropic vai operar com as mudanças?
A atualização do Claude 2.1 pode fazer com que ele, segundo a empresa, reduza pela metade as alucinações que existem. Ou seja, as informações serão mais honestas em comparação ao modelo Claude. 2.0. Ainda segundo a Anthropic, sua atualização na plataforma de inteligência artificial oferecerá recursos como pesquisar na web ou usar uma calculadora com ferramentas personalizáveis. Além disso, o chatbot passará a oferecer instruções personalizadas, bem como uma nova janela para testar prompts.
“Testámos a honestidade de Claude 2.1 selecionando um grande conjunto de questões factuais e complexas que investigam as fraquezas conhecidas dos modelos atuais. Usando uma rubrica que distingue afirmações incorretas (“A quinta cidade mais populosa da Bolívia é Montero”) de admissões de incerteza (“Não tenho certeza de qual é a quinta cidade mais populosa da Bolívia”), Claude 2.1 tinha uma probabilidade significativamente maior de contestar em vez de fornecer informações incorretas”, disse a empresa em nota.
Com o novo recurso de 200 mil tokens, o Claude 2.1, além de dobrar a capacidade do que conseguia lidar antes, ultrapassa o teto de 32 mil tokens do GPT-4. E, para aumentar a concorrência com o ChatGPT, a Anthropic aproximou sua ferramenta de inteligência artificial. Com a atualização, usuários poderão conectar ferramentas de API e Claude escolherá a melhor para o trabalho dependendo do contexto. Isso inclui usar uma calculadora ou pesquisar na web, e a empresa afirma que os usuários podem solicitar chamadas de API específicas usando linguagem natural.
A nova atualização da Anthropic permite ainda que o usuário personalize o chatbot para respostas específicas, e de acordo com cada personalidade. Isso acontece a partir da atualização em seu console de desenvolvedor, que conta com uma janela para testar novos prompts. Uma nova capacidade de fornecer instruções persistentes e personalizadas também foi adicionada ao Claude. As melhorias aconteceram também na compreensão e no resumo, principalmente para documentos longos e complexos. Em materiais que exigem alto grau de precisão, como documentos legais e relatórios financeiros, Claude 2.1 demonstrou redução de 30% nas respostas incorretas e taxa de três a quatro vezes menores de conclusões erradas.
Google, Microsoft, Anthropic e OpenAI: as rivalidades dentro da inteligência artificial
Enquanto a Microsoft está envolvida em com a OpenAI, o Google declara seu apoio à inteligência artificial da Anthropic. Prova disso é o investimento de US$ 300 milhões na rival do ChatGPT no final de 2022. Em troca, o Google garantiu uma participação de 10% na startup. Além disso, em fevereiro de 2023, a Anthropic anunciou que o Google Cloud é seu “provedor de nuvem preferido”, com as empresas “co-desenvolvendo sistemas de computação de IA”.
A parceria é parecida com a que já existia entre Microsoft e OpenAI. A empresa fundada por Bill Gates investe bilhões de dólares na criadora do ChatGPT e permite acesso à sua plataforma de nuvem, necessária para treinar os mais recentes modelos de IA com uso intensivo de computação.
Os ex-funcionários da OpenAI que, insatisfeitos, fundaram a Anthropic
As direções comerciais da OpenAI foram determinantes para que funcionários envolvidos com a criação de ferramentas de inteligência artificial da empresa rompessem com a criadora do ChatGPT e fundassem e Anthropic, em 2021. Criada como uma empresa de utilidade pública, a Anthropic tem como seu inventor Dario Amodei, ex-vice-presidente de pesquisa da OpenAI. Além de deixar a plataforma onde exercia o cargo de executivo, Amodei levou com ele pesquisadores da antiga casa, como o ex-engenheiro-chefe do modelo de linguagem de IA GPT-3, Tom Brown.
Desde então, algumas ações de inteligência artificial da OpenAI passaram a ser criticadas por especialistas da IA. Uma delas foi o lançamento do ChatGPT, no final do ano passado, publicamente na web e sem salvaguardas adequadas ou software que pudesse detectar de forma confiável o seu resultado. No caminho contrário, a Anthropic diz que seu trabalho na construção de sistemas de IA são confiáveis, confiáveis, interpretáveis e orientáveis em seu site.