A confiança do empresário do comércio caiu 21,3% em fevereiro, na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo divulgou hoje (14) a FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo).
No mês passado, a confiança do empresário atingiu 74,9 pontos. O indicador varia de zero (pessimismo total) a 200 pontos (otimismo total). Ou seja, o ânimo dos empreendedores do setor mantém-se na zona negativa.
Ainda na comparação anual, o índice de confiança para os grandes empresários caiu 18,8%, e para os pequenos empresários, a retração chegou a 21,4%.
Em fevereiro, em relação a janeiro, houve uma leve alta na confiança, de 0,6% – este é o terceiro mês consecutivo que o indicador fica no patamar de 74 pontos. Para a Federação, “não há evidências de recuperação forte nem para grandes nem para pequenas, apesar da trégua na queda da confiança”.
Ainda segundo a Federação, a leve alta deve-se à melhora na percepção das condições atuais e do ajuste na confiança dos grandes empresários e pode ser apenas um efeito estatístico pontual e ainda não deve ser encarada como uma reversão do cenário.
Leia também
Varejo e serviços influenciam queda no PIB
“O cenário de vendas permanece fragilizado pelas desacelerações da renda e do emprego – aliado a crédito mais caro, custos fixos cada vez mais pressionados e inflação elevada -, que continuam impactando negativamente sobre o já baixo nível de confiança do empresário”.
Considerando os subíndices que compõe o indicador, aquele que mede as Condições Atuais do Empresário do Comércio (ICAEC), avançou pelo segundo mês consecutivo e, em fevereiro, atingiu 39,5 pontos, alta de 10,9%. Por outro lado, na comparação anual, a queda foi de 36,9%.
Já o Índice de Expectativa do Empresário do Comércio (IEEC) permaneceu praticamente estável e passou de 113,5 pontos em janeiro para 113,4 pontos em fevereiro.
O único quesito que apresentou queda significativa em fevereiro foi o Índice de Investimento do Empresário do Comércio (IIEC), que mede a propensão dos empresários em relação a novos investimentos. Com retração de 3,5% ante janeiro, atingiu 71,9 pontos. A maior influência partiu do Indicador de Contratação de funcionários (IC), que caiu 11,1% e totalizou 76,2 pontos.
Leia também
Confiança do consumidor (finalmente) sobe