Nunca evoluímos tão rápido como nos últimos 25 anos. Desde o surgimento da internet, diversas transformações ocorreram nas nossas vidas. Ao mesmo tempo, fica cada vez mais complicado para as pessoas se atualizarem na mesma velocidade que a tecnologia avança. Imagine, então, para empresas com milhares de pessoas em seus corredores e salas. O tema transformação digital já é uma espécie de clichê no mundo corporativo. Mas um clichê pode ser respondido com outro: falar é fácil, difícil é fazer. A executiva Stephanie Carullo, COO da Box, especializada em serviços de nuvem, que também já ocupou a vice-presidência da Apple por quatro anos, traz alguns conselhos valiosos para essa transformação.
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“É necessário trazer a realidade dos desafios que a empresa enfrenta para frente e não ignorá-los”, disse Carullo, durante o evento C2, em Montreal. “E a missão de todas as empresas é melhorar a forma como todos trabalham juntos, tanto dentro da empresa quanto no mundo.” E, segundo a executiva, é um desafio fazer com que cada parte da empresa entenda a importância dessa digitalização. Haverá resistências. Além disso, empregados também irão clamar por mais liberdade, algo indispensável para a inovação caminhar. Outro fator que as empresas precisam estar sempre de olho são as ameaças cibernéticas, como hackers, e até mesmo as constantes mudanças nas legislações e regulações.
Netflix é o grande exemplo
É uma barbada, mas poucas empresas têm um exemplo tão bom de transformação digital como o Netflix, de acordo com a executiva. Afinal, a empresa passou por três fases: uma locadora delivery, uma transmissora de vídeos on demand até chegar a uma produtora de conteúdo pensado em seus clientes. Tudo em cima dos dados coletados, claro. “Netflix não é um dos melhores exemplos por ser moderno, mas sim porque realmente adotou o conceito de companhia digital, com um modelo totalmente diferente”, diz Carullo. Cultura e tecnologia são totalmente conectadas. Por isso, para uma companhia se transformar, algumas atitudes devem ser tomadas por todos os níveis hierárquicos. Começando pelo conceito de que a melhor ideia vence – e não a ideia do superior. Além disso, as decisões precisam ser embasadas em dados e não simplesmente em intuição: temos essas ferramentas à nossa disposição. O ecossistema também precisa ser diversificado, pois pessoas similares pensam de maneira similar. A diversidade não é assunto para quem quer ter boa imagem – ela realmente traz resultados.