“Como não posso votar, essa é uma das maneiras que eu posso fazer minha voz ser ouvida.” Essa foi uma das frases da jovem sueca Greta Thunberg, de 16 anos, durante uma das suas manifestações em frente ao Parlamento, em Estocolmo, para exigir medidas concretas dos representantes contra o aquecimento global.
A adolescente, ativista pelo clima estampa a capa da revista Time e foi eleita uma das líderes da geração para o futuro em 2019. Além disso, a jovem foi indicada para o Prêmio Nobel da Paz.
A adolescente falta às aulas todas as sextas-feiras desde agosto de 2018. O ato, inicialmente solitário, hoje, inspira jovens do mundo todo a aderirem e culminou a uma greve escolar global no dia 15 de março deste ano, com milhares de estudantes nas ruas para protestar, inclusive no Brasil.
“Uma catástrofe está se aproximando, sua geração suportará isso, e ela sabe quem culpar. Você não agiu a tempo”, declarou ela no Parlamento.
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Promover mudança
“Castigar” os poderosos tornou-se rotina para a menina de 16 anos de idade. Em dezembro, ela se dirigiu à Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas na Polônia; em janeiro repreendeu bilionários no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça. Seu discurso em Londres foi a última parada de uma turnê que incluiu até um encontro com o papa. “Continue a trabalhar, continue”, disse ele à jovem.
Em entrevista à Time, Greta afirma que não via sentido em ir à escola se não houvesse mudança. “Eu prometi a mim mesma que faria tudo o que pudesse para fazer a diferença”, diz.
Desde a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, em dezembro, o Twitter de Thunberg cresceu cerca de 4.000%, chegando a 612 mil seguidores. “Antes, eu nunca falava realmente quando estava em minhas aulas ou com meus colegas de classe”, ela me disse pouco depois de seu discurso em Londres. “Mas agora eu estou falando para o mundo inteiro”, completa.