Ian Khan é um cineasta e produtor de documentários, palestrante do TEDx e autor do livro “7 axiomas da criação de valor”. Um provocador e transformador cultural que atua também como futurologista da tecnologia. Seu filme mais recente “Cidade Blockchain”, um documentário sobre cidades modernas que imaginam implementar o blockchain para levar mais confiança às áreas urbanas, foi também tema de sua palestra no Money 20/20 2018.
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Em sua visão, nações inteiras irão buscar a adoção do blockchain para modificar a engrenagem de funcionamento das cidades, capacitando governos a promoverem melhores serviços aos cidadãos e também criando práticas mais leves de trabalho humanitário. No seu painel, Khan ofereceu um apanhado do impacto transformador do blockchain nas cidades globais e também insights a partir de entrevistas e depoimentos obtidos pelo cineasta de diversas lideranças globais.
As revoluções do passado foram motivadas por líderes capazes de dar sua vida em favor de uma causa e de um propósito. Willian Wallace, Martin Luther King, Gandhi. Mas quem serão os revolucionários do futuro? Khan diz que poderá ser… o vaso sanitário inteligente. Porque no entender dele, a revolução da conectividade une tecnologias diferentes, estão relacionadas – blockchain, bitcoin, IA, machine learning. Khan pesquisou políticas públicas e a atuação das autoridades monetárias e a maior parte deles – do Canadá à Estônia, de Dubai à China, a maior parte dos países estuda o blockchain como um formato para modificar a qualidade das transações financeiras. Exportação, importação, logística, há mais de 50 aplicações reais e em curso no mundo utilizando o blockchain como fundamento.
Durante o painel, o cineasta e futurista provocou a plateia e pediu que fossem ao Slido – plataforma de interação com plateias para eventos – para descobrir que 21% dos presentes já investiam em alguma forma de criptomoeda. “Lembra quando famílias contratavam babás para cuidar das crianças? Pois bem, esta profissão está em risco. Um device denominado Aristotle agora pode cuidar das crianças com 100% de confiabilidade”, provocou o palestrante, justamente para mostrar que ninguém está imune aos efeitos da tecnologia.
Por conta desse ciclo de mudança, Ian Khan começou a produzir o documentário “Cidade Blockchain”. Seu ponto de partida foi a Estônia, pequeno país do leste europeu. Para espanto geral, as entrevistas de Khan com as autoridades do país revelaram que o projeto piloto lá nasceu há 15 anos, quando o blockchain em si nem tinha essa denominação. Em outro exemplo, Khan mencionou as mais de 50 experiências atualmente em curso na Holanda. Dubai, Suíça, e pelo menos uma dezena de países está acelerando pesquisas para mudar o formato de transações governamentais: licitações, contratos, aditivos, folha de pagamento, previdência, tudo pode ser assegurado com maior confiabilidade, por conta do poder do blockchain.
“Devemos ter maior atenção para as ações de governo baseadas nessa tecnologia. A ideia de usar o protocolo blockchain pode ajudar a aprimorar a forma pela qual governos e empresas e cidadãos convivem em sociedade, usam a energia e recursos naturais”. Khan acredita piamente no poder do propósito para empreender uma revolução.
Será o blockchain, o prenúncio de uma etapa da evolução humana? Terá essa tecnologia tanto poder quanto o futurista acredita? O único fato tangível é que trata-se de uma tendência que precisa. ser melhor compreendida e experimentada.