Todas as empresas sabem que precisam cuidar da experiência do cliente. Grandes especialistas, eventos e todo o mercado têm uma busca gritante por isso. Pois é, as empresas sabem, mas nem sempre visualizam como colocar em prática estratégias relevantes para o cliente. Com o objetivo de conectar startups de customer experience com grandes organizações brasileiras, o Congresso Nacional das Relações Empresa-Cliente realizou o Pitch ‘n Pizza, uma iniciativa da Liga Ventures com oferecimento da Stone e apoio da Pizza Hut.
A revista NOVAREJO digital está com conteúdo novo. Acesse agora!
“O objetivo nada mais é que colocar as startups para expor suas ideias a grandes empresas e realizar um grande networking com pizza”, destacou Raphael Augusto, startup Hunter da Liga Ventures. A aceleradora tem essa missão – conectar novos empreendedores a grandes companhias. A iniciativa é um fomento para fazer o mercado nacional crescer.
Esse objetivo também faz parte do objetivo do CONAREC. “A inovação dos Millennials está totalmente ligada ao Pitch ‘n Pizza, queremos apoiar o ecossistema brasileiro a fomentar essa cultura”, disse. Bernardo Carneiro, sócio da Stone, contou também que essa é uma busca da companhia. Recentemente, um seriado com histórias empreendedoras foi lançado pela organização. “Nós mostramos cases bacanas que colocam o Brasil para frente, é importante fomentar esse mercado”.
Conheça, então, quatro modelos de negócio que pode auxiliar as empresas a melhora a experiência dos seus clientes:
Loox VR
A empresa brasileira curitibana atua em três pilares: software, conteúdo e hardware voltados para Realidade Virtual. Uma das ideias é aplicar esse conceito na experiência dos clientes. Os óculos da empresa foram desenvolvidos antes mesmo de nomes como Samsung VR e HoloLens. Diversas empresas já fazem parcerias bacanas: a Faber Castell ganhou leões em Cannes por uma ação educacional de VR.
O mercado de VR promete faturar bilhões de dólares nos próximos anos, segundo grandes especialistas. O novo iPhone 8, por exemplo, tem vários features de realidade aumentada. Alguns exemplos de customer experience imersivo: um manual de instruções com realidade aumentada que mostra todo o processo de troca de óleo. Óculos personalizados, que funcionam como uma mídia que pode distribuir conteúdo e campanhas, integrados com CRM para saber onde está o cliente.
Óculos de realidade mista (como Google Glass) também podem ser utilizados para treinamento ou até manutenção complexas em empreendimentos (fábricas, por exemplo). Se for aplicado em uma equipe de vendas, os óculoss de realidade mista trazem informações pra dar mais insumos para o vendedor atender melhor e ter melhores resultados.
PartYou
Uma fintech de pagamentos, a empresa percebeu que as formas tradicionais não refletem o modo como consumimos todos os dias. A economia compartilhada está em alto desenvolvimento, o pagamento é crucial nesse meio, porém, as empresas não acompanham. É aí que a PartYou entra. Os empreendedores desenvolveram uma plataforma para os usuários dividirem pagamentos – seja uma pizza, um barril de cerveja, um presente coletivo, etc.
Quando lançaram, fizeram inicialmente para gestão de festas, então expandiram para alimentação. O grande público alvo é o Millennial – principalmente pelo fato de também trabalharem entretenimento, esportes.
O funcionamento é simples. Em um e-commerce, por exemplo, após a compra, o cliente faz o pagamento com seu próprio cartão. Depois disso, se quiser dividir os custos, é encaminhado para a página da startup, que faz a divisão do valor e permite que o consumidor envie notificações para seus amigos por WhatsApp. A ferramenta permite a gestão dos pagamentos e até mensagens de cobrança.
Harlio
A empresa constrói bots customizados para as empresas. As possibilidades são grandes: todo o mercado está prestando atenção nesses robozinhos e, em 2016, o próprio Mark Zuckerberg, ao lançar o bot do Messenger, disse que a tecnologia vai revolucionar o e-commerce. Essa é a aposta dos empreendedores.
Os bots permitem um atendimento natural para os clientes, se ajusta ao perfil dos usuários e aprende sozinho as informações que a empresa quer passar. A startup atua nas áreas de e-commerce, informativo e SAC. No mercado, a empresa construiu uma solução para as Olimpíadas 2016, do Rio de Janeiro, e também desenvolveu um bot para o Esporte Interativo, que responde com informações e notícias sobre os times preferidos dos usuários. Atualmente, sua plataforma tem 300 mil usuários ativos por mês e 23 milhões de pessoas impactadas.
Algumas coisas que a empresa já faz: formatar uma vitrine junto ao atendimento, formatar um delivery direto no Messenger, além de colocar uma identificação dos valores de promoções da marca.
Trustvox
Quantas pessoas, no mundo conectado, principalmente Millennials, decidem uma compra a partir de reviews? Milhares. A TrustVox pensa exatamente nesse comportamento. Atualmente com 1200 clientes, a empresa se define como uma forma de inteligência para o e-commerce.
O que acontece muito é que os primeiros reviews que aparecem na página de um e-commerce não necessariamente foram feitos por pessoas que realmente compraram na página. Assim, sua ferramenta coleta o review de pessoas que realmente compraram – já que a confiança é fundamental nesse cenário.
Simplesmente isso? Não. Um processo bastante custoso para as empresas hoje é a moderação dos comentários – principalmente em questões negativas ou de textos ofensivos -, é trabalhoso ler, selecionar, apagar. Por isso, a startup investe em inteligência artificial para tratar esses casos. Em casos de comentários ofensivos, a ferramenta entra em contato novamente com o cliente, explicando que a ofensa não pode ser publicada, se ele deseja reescrever a situação. 66% dos usuários reescrevem – o que é ótimo para o e-commerce. Por conta disso, a empresa criou o Selo Site Sincero para seus clientes. Dessa forma, os clientes finais sabem que aquele site mantém reviews reais, sem ocultar problemas ou respostas. Fora isso, a empresa não tem que se preocupar com comentários em sites como o Reclame Aqui, que simplesmente denigre a imagem das marcas sem apresentar uma solução concreta – a plataforma faz isso por si só.