Entre ações trabalhistas e de consumidores, o setor varejista, em particular, sofre grandes prejuízos, seja em razão do enorme contingente de funcionários que emprega, seja por causa da demanda de consumidores atendidos.
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Lidar com essa quantidade de ações é um desafio para as empresas. Algumas delas, porém, entenderam a importância do tema e vêm aprimorando a gestão de seus departamentos jurídicos. Essas são algumas das melhores práticas que podem ser destacadas:
1. Melhoria contínua
Entender com profundidade as causas geradoras de ações judiciais e atuar de modo diligente, envolvendo todo o negócio no combate a essas causas.
2. Gestão de advogados
implantar um modelo eficiente de gestão de advogados, sejam eles próprios, sejam terceirizados, incluindo incentivos alinhados, indicadores individualizados e diálogos de desempenho periódicos.
3. Definição da estratégia
Adotar um sistema de inteligência para definir a estratégia a ser usada em cada caso. Com o uso de análise de dados, é possível prever a probabilidade de perder um caso e o valor esperado de perda. A partir daí, pode-se definir com precisão qual estratégia adotar para cada caso, como avaliar quando vale a pena fazer um acordo judicial, por exemplo.
4. Gestão de desempenho
Desenvolver um sistema de gestão do desempenho do departamento utilizando indicadores claros e objetivos, que permita identificar, por exemplo, o valor médio dos processos e as regiões onde cada processo ocorreu. Esses critérios devem ser monitorados e discutidos periodicamente em reuniões internas.
Vale lembrar também que a revolução digital chegou ao setor jurídico. Há no mercado diversas startups – as chamadas Lawtechs – que oferecem várias soluções tecnológicas para o meio jurídico. Essas soluções vão desde a automação de informações processuais ao desenvolvimento de inteligência para tomada de decisão e podem auxiliar as empresas na gestão de seus departamentos jurídicos.
O desafio de lidar com a avalanche de ações judiciais é grande e exatamente por isso o assunto merece atenção. Certo é que algumas empresas largaram na frente nessa tarefa e estão colhendo bons resultados.
Por Heloísa Callegaro, sócia, e Thiago Vasconcelos, sócio associado da McKinsey