O balanço, ainda não concluído, referente ao número de franquias criadas em 2017 deve registrar crescimento de 9%, segundo a Associação Brasileira do Franchising (ABF). Conheça quais os polos mais propícios a receber novos franqueados em 2018, ano apontado como o da recuperação econômica. A avaliação é da consultoria GSPP (Grupo Soares Pereira & Papera).
Minas Gerais
Minas Gerais, segundo a ABF, figura na quarta posição dos estados brasileiros em números de redes de franquias e está em terceiro lugar em quantidade de unidades franqueadas, concentrando 8,4% do mercado.
O diferencial do estado está no poder econômico de algumas regiões. Mesmo com uma população não tão numerosa, o estado oferece grandes oportunidades ainda inexploradas e boa parte delas está em shoppings.
O caráter conservador dos mineiros tem sido um aspecto positivo para as franquias. O próprio interessado procura a rede atrás de uma oportunidade e “dessa forma, o índice de fracasso é bem reduzido, se comparado com outros mercados no Brasil”, avalia Mônica Fernandes, consultora da GSPP BH.
Rio Grande do Sul
Rio Grande do Sul está na quinta posição dos estados brasileiros com maior rede de franqueados, segundo a ABF. Em 2016, por exemplo, Porto Alegre apresentou 1,6% na distribuição por cidades e no formato de lojas. O número é modesto em relação ao potencial econômico do estado, o que representa um enorme mercado a ser explorado.
“Após conversarmos muito com o empresariado gaúcho percebemos que a cultura local é muito forte quanto às dúvidas e tomadas de decisões. Ou seja, os gaúchos acabam não investindo como deveriam em negócios como as franquias por medo de errarem. E o mercado local é um verdadeiro celeiro de ótimas oportunidades”, opina Joner Dornelles, consultor da GSPP Porto Alegre.
São Paulo e Rio de Janeiro
O estado de São Paulo concentra nada menos que 53% do total de franquias registradas no Brasil. A capital possui 13% do total e é líder de concentração. O leque de possibilidades de São Paulo é enorme devido à sua concentração populacional, por outro lado, a concorrência é grande também. Para operar no maior centro econômico do país é preciso ideias que agreguem ao mercado, que aposte na experiência de consumo e que supra as necessidades do exigente consumidor paulista.
A capital fluminense é a segunda cidade que mais recebe franquias no país. No estado, são 320 marcas distribuídas em mais de 13 mil lojas em operação. O pequeno estado, territorialmente falando, é um gigante econômico, mas sofre com a crise aguda. O momento é de cautela para apostar em qualquer empreendimento. Como se sabe, a crise pode oferecer oportunidades. É preciso ter visão para entender quais franquias desvalorizadas no momento podem render um retorno atrativo assim que vencida a crise. É preciso, porém, ter capital para sustentar o negócio em um momento difícil.
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