O WhatsApp segue como um dos canais mais relevantes no Brasil. Não apenas pelo fato de que uma geração de consumidores o descobriu e remodelou a forma de se relacionarem e se comunicarem, mas, sobretudo o impacto desse aplicativo nas relações de consumo hoje.
Mas não apenas isso, a pandemia também foi um dos vetores de mudanças mais significativos nessa relação dos consumidores com soluções digitais e marcas e, claro, como próprios indivíduos.
Quase 90% dos brasileiros (88,24%) concordam que a pandemia de covid-19 os transformou como pessoas. É o que diz uma nova pesquisa realizada pela agência de comunicação MARCO, que aponta as mudanças mais significativas nos hábitos de consumo provocadas pela digitalização acelerada.
As mudanças em faixas de renda
Contudo, essa percepção muda conforme a faixa de renda. Dentre os que ganham mais de R$ 100 mil por ano, há unanimidade: 100% desse grupo considera que a covid-19 as transformou como pessoas, diz o estudo da MARCO.
O percentual cai para 89% entre os que têm ganhos anuais de R$ 20 mil a R$ 100 mil.
Enquanto 82% dos que possuem renda abaixo de R$ 20 mil por ano concordam que a covid-19 os transformou – refletindo o maior impacto da pandemia nas classes D e E.
WhatsApp empata com a TV como canal de informação
Entre as transformações mais notáveis destacadas pelo estudo, está a forma como os brasileiros consomem informação.
Embora a TV continue liderando como o canal usado de forma mais frequente, com 73% dos entrevistados atribuindo notas de 7 a 10 para esse meio de comunicação em termos de recorrência, o crescimento do WhatsApp – que tem no Brasil uma de suas maiores audiências globais – fez o aplicativo de mensagens praticamente empatar com a televisão, com 72% dos apontamentos.
Nesse quesito, o WhatsApp ficou acima do Instagram (68%), hoje a rede social usada de forma mais frequente no país, e de canais tradicionais como jornais online (61%), rádio (44%) e jornais impressos (15%).
Fora do Sudeste e considerando as médias das outras regiões brasileiras, o WhatsApp concentra 75% das notas máximas em frequência de uso, enquanto o Instagram ostenta 69%.
Nesse recorte geográfico ambos já ultrapassaram a TV (com 67%), mas esse canal segue liderando com relativa folga na região Sudeste – onde registra 78% contra 69% do WhatsApp.
Em todo o país, Instagram (68%), Facebook (59%) e outras redes sociais (51%) também mostraram força entre os canais consumidos de forma mais frequente pelos brasileiros.
>>WhatsApp praticamente empata com a TV entre os canais de informação mais consumidos no Brasil
>>Podcasts reúnem 42% das maiores notas em frequência de uso no Brasil
>> 68% dos brasileiros estão familiarizados com o metaverso
>> Mais de 90% dos brasileiros consideram muito importante que marcas e empresas promovam a diversidade e o respeito ao meio ambiente
Novas mídias em ascensão
Destaque também para os podcasts, outro formato em ascensão, que já concentra 42% das maiores notas em frequência de uso no Brasil.
Independentemente da recorrência e da comparação com outras mídias, 70,26% dos entrevistados normalmente ouvem podcasts.
Os brasileiros também estão bem atentos ao surgimento de novas formas de comunicação e interatividade. A pesquisa aponta que 68,30% dizem saber o que é o metaverso, sendo que mais da metade desse grupo aponta os jogos online como algo que já fizeram nesse meio.
Marcas e empresas deve estar mais atentas
A pandemia também ajudou a solidificar exigências do público relacionadas à responsabilidade social das empresas e à forma como elas se posicionam perante a sociedade.
Segundo o estudo da MARCO, 90% dos brasileiros atribuem notas de 7 a 10 sobre o quão importante é que marcas e empresas promovam a diversidade, enquanto 93% fazem a mesma avaliação sobre o respeito ao meio ambiente.
“A pesquisa realizada nos 14 países em que operamos ajudou a mensurar o quanto a pandemia, de fato, influenciou em mudanças importantes para a sociedade. Esses insights são valiosos e precisam ser levados em consideração para ampliar o engajamento do público e atender suas expectativas na era pós-pandemia”, diz Douglas Meira, Head da MARCO para a América Latina e Country Manager para o Brasil.
“Em relação à primeira edição da pesquisa, logo no início da pandemia é possível ver uma clara evolução no comportamento dos cidadãos em todo o mundo. Desde então passamos a ter uma consciência global que, inevitavelmente, foi reforçada pela digitalização. Esse compromisso com os chamados ‘soft values’ se tornou chave para a estratégia de marca de diversas companhias, anunciantes e instituições públicas”, conclui Didier Lagae, CEO e fundador da MARCO.
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