O número de dívidas renegociadas, calculado a partir das exclusões dos registros de inadimplência do banco de dados do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e da CNDL (Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas) recuou 1,66% em agosto de 2014, frente ao mesmo mês do ano passado.
Em relação a julho de 2014, a retração foi maior, de de 2,92%. Já no acumulado do ano, o número de consumidores que saldaram suas dívidas em atraso e voltaram a ter crédito no mercado apresentou uma contração de 1,06%.
Segundo os economistas do SPC, o recuo deve-se a baixa capacidade de pagamento e veio após alta de 0,97% em julho. Nos oito primeiros meses deste ano, o indicador apresentou cinco quedas na base anual de comparação. Para os especialistas, menos brasileiros devem limpar o nome para consumir no Natal deste ano.
“Os indicadores refletem as condições menos favoráveis da atividade econômica tanto para o consumo quanto para a quitação de dívidas. Este cenário é impactado negativamente pela manutenção dos juros e da inflação em patamares elevados e pelo
enfraquecimento do mercado de trabalho”, afirmou em nota a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.
Este cenário, avalia, pode indicar uma deterioração da recuperação de crédito que normalmente ocorre no final do ano.
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