As vendas no varejo brasileiro tiveram no mês de julho um recuo de 0,9% em relação ao mesmo período de 2013 e uma queda de 1,1% na comparação com junho deste ano, de acordo com dados divulgados nesta manhã pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em junho, o setor havia crescido 1% e em maio, 4,7%.
De acordo com a entidade, em sua Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), o desempenho na comparação julho/julho foi prejudicado pelas quedas de 9,2% nas vendas de móveis e eletrodomésticos e de 4,9% no varejo ampliado, que inclui automóveis (-12,5%) e materiais de construção (-3,2%).
Na comparação mensal, em volume de vendas, a queda de 1,1% foi o pior desempenho desde outubro de 2008 (quando as vendas também caíram 1,1%). O resultado foi puxado por móveis e eletrodomésticos (-4,1%, na ressaca pós-Copa) e por super/hipermercados, alimentos, bebidas e fumo (-1,3%). A receita nominal do varejo caiu 0,7%, no segundo mês seguido de recuo nas vendas após dois anos consecutivos de crescimento.
No ano, porém, o resultado do varejo ainda é positivo, com alta de 3,5% nos primeiros sete meses de 2014 em relação ao mesmo período de 2013. Nos últimos 12 meses, a alta é ainda maior, de 4,3% sobre os 12 meses imediatamente anteriores.
A análise dos dados (comparação julho/julho) mostra uma forte redução do desempenho das categorias de bens duráveis, como o Varejo Ampliado e Móveis/Eletros, reforçando o comportamento já verificado em junho, quando esses segmentos apresentaram, respectivamente, queda de 6% e alta de 0,1% nas vendas. Como o consumo das famílias vem tendo um desempenho superior ao PIB e evitado um desempenho ainda mais fraco da economia, a freada do ritmo do varejo projeta números fracos para o PIB também no terceiro trimestre deste ano.
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