Na linha da redução da pegada de carbono, inúmeras empresas passaram a reduzir a emissão de gases nocivos ao efeito estufa — algo que, inclusive, contribui para a agenda da ONU de 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. Assim, as concessionárias e montadoras de veículos que estavam na lista das principais empresas que trabalhariam na redução de CO2 na atmosfera, uma vez que seus produtos são movidos à combustão. Pouco a pouco, algumas montadoras investiram nos carros elétricos ou híbridos, sempre em busca de uma produção viável e mais sustentável. Agora, no entanto, o passo foi um pouco mais à frente: zerar a produção de novos carros movidos à combustão. É o caso da Volkswagen, que pretende parar de vender carros com motores de combustão interna na Europa até 2035.
Em entrevista ao jornal alemão Münchner Mekur, Klaus Zellmer, diretor de Vendas da Volkswagen afirmou que a empresa será carbono zero até a metade do século. “Faremos com que o conjunto de nossa frota seja neutra em CO2 até 2050, no mais tardar. Na Europa, abandonaremos o mercado de veículos com motor de combustão interna entre 2033 e 2035.”
Uma chegada tardia aos países de fora da Europa
Ainda que a data prevaleça para os países europeus, a marca anunciou que pretende a paralisar a produção de veículos que emitem gases nocivos em outros mercados no mundo em um prazo maior.
Para países maiores, como é o caso dos Estados Unidos e da China, o prazo ainda não foi preestabelecido pela empresa. “Na América do Sul e na África, devido à ausência de condições políticas e de infraestruturas, vai levar mais tempo”, explica Zellmer.
No início de 2021, a empresa já havia anunciado que até 2030 teria suas vendas composta por pelo menos 70% de carros elétricos, o que vai ao encontro da nova agenda.
O caso brasileiro para a Volkswagen e a pegada de carbono
Ainda que os planos para a América do Sul sejam um pouco mais distantes, a marca tem trabalhado para reduzir a pegada de carbono. Para o caso específico do Brasil, a companhia tem adotado algumas estratégias. Uma delas, anunciada na penúltima semana de junho, focava na frota de caminhões: os veículos utilizarão apenas etanol.
A mudança, mesmo que sutil, já contribui bastante para reduzir a quantidade de carbono na atmosfera: algo em torno de 1.700 toneladas de gases por ano. Por ser um biocombustível com baixa emissão de carbono, o etanol também possui sustentabilidade em toda a sua cadeia.
Mesmo com o uso do etanol, a Volkswagen segue ativa na implementação de veículos elétricos no Brasil. Recentemente, a companhia anunciou a criação do primeiro caminhão elétrico com produção em série no país. Fabricado em Resende, no Rio de Janeiro, os produtos são totalmente desenvolvidos e testados em solo brasileiro.
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