Em 2019, Jeff Bezos, CEO e fundador da Amazon, anunciou a criação do The Climate Pledge, junto ao Global Optimism. A iniciativa tem como objetivo acelerar esforços de combate às mudanças climáticas. O acordo prevê que as empresas signatárias zerem suas emissões líquidas de gases de efeito estufa até 2040 – dez anos antes do prazo previsto pelo Acordo de Paris. Desde então, 469 empresas de 59 indústrias já assinaram o compromisso, como Hewlett Packard, Ambev, Salesforce, Scania e Pepsico.
Essas empresas se comprometem a atuar na geração e análise de relatórios periódicos, na eliminação líquida de carbono por meio de estratégias de descarbonização alinhadas ao Acordo de Paris, e na criação de compensações alcançáveis.
Parta da estratégia da Amazon em atingir esse objetivo está na expansão de seu projeto de transição de energia para fontes renováveis. Tanto que, em 2023, a empresa foi a maior compradora corporativa de energia renovável do mundo pelo quarto ano consecutivo, segundo a BloombergNEF.
Em 2022, 90% de suas operações globais eram movidas à eletricidade de fontes renováveis. Já em 2023, a Amazon anunciou mais de 100 novas iniciativas energéticas. Hoje, são mais de 500 projetos que, no total, deverão ser capazes de gerar mais de 77 mil GWh (gigawatts-hora) de energia limpa por ano.
Energia renovável no Brasil
No Brasil, a empresa busca abastecer toda sua operação – espalhada entre dez centros de distribuição (CD) em diferentes cidades e estados, como Nova Santa Rita (RS), Cajamar (SP) e Cabo de Santo Agostinho (PE) – com fontes sustentáveis até 2025.
Para abastecer uma operação dessa magnitude, é preciso também estruturas sólidas. Nesse sentido, a Amazon conta com dois projetos de energia renovável no país. O primeiro é um parque solar de 122 MW (megawatt) anunciado em 2022, com investimentos de R$ 2 milhões em programas de proteção ambiental durante o período de construção. Já o segundo se trata de um parque eólico responsável pela geração de 49.5 (MW), localizado no Complexo Eólico do Seridó, Rio Grande do Norte.
O resultado esperado a partir da conclusão dos dois projetos é a capacidade de geração de mais de 530 GWh (Gigawatt-hora) de energia limpa a cada ano. O valor é equivalente à quantidade de eletricidade necessária para abastecer cerca de 100 mil residências por ano.
“Nossa responsabilidade é criar um legado que contribua para a nossa missão global de sustentabilidade”, define Ricardo Pagani, líder de operações da Amazon no Brasil. “Ao mesmo tempo em que reduzimos o impacto ambiental, também investimos nas comunidades onde vivemos e operamos. Acreditamos que usar nossa escala para fazer o bem é importante e beneficia nossos clientes, funcionários e funcionárias, assim como o planeta. Por isso, investimos em projetos que valorizam nosso compromisso de longo prazo com o meio ambiente e a sociedade”.
Redução de emissões líquidas
No Brasil, a Amazon formou uma parceria com a To Do Green, empresa de transporte sustentável. Por meio do contrato, a Amazon utiliza veículos elétricos em sete cidades da região de São Paulo – Sorocaba, Votorantim, Mogi das Cruzes, Taubaté, Ribeirão Preto, Bauru e São José do Rio Preto. Por meio do modelo, mais de 1,7 milhão de pacotes já foram entregues.
Já em 2023, a empresa anunciou o projeto Laneshift que, por meio de investimento de US$ 10 milhões do grupo C40 Cities e do The Climate Pledge, para acelerar o uso de veículos rodoviários de carga com opções elétricas. Além disso, o projeto visa melhorar a infraestrutura de rotas em regiões relevantes. No Brasil, o projeto será implementado em Curitiba e na cidade do Rio de Janeiro. Também estará presente em localidades no México, na Colômbia e no Equador.
Preservação ambiental
A Amazon ainda é responsável por formar parcerias e incentivos com programas que visam a preservação ambiental. A empresa é membro-chave da Coalização LEAF, iniciativa público-privada global para mobilizar ao menos US$ 1 bilhão com o objetivo de proteger as florestas tropicais globais.
A Amazon também apoia ao programa Agroforestry and Restoration Accelerator, na floresta Amazônica brasileira. Para a sustentabilidade do local, a empresa também realiza parcerias com a Nature Conservancy e a startup Belterra, com o objetivo de ajudar comunidades na restauração de matas nativas e financiamento de sistemas agroflorestais.
Já no Pará, a Amazon patrocinou e ofertou créditos da AWS para lançar a ferramenta de acesso público SeloVerde-Pará 2.1, para rastrear as origens da carne bovina e da soja, com o objetivo de oferecer mais transparência ao desmatamento ilegal. A plataforma utiliza Inteligência Artificial (IA) para monitorar a conformidade ambiental de 20 milhões de hectares de áreas florestais diariamente.
“”Entendemos que ainda há um longo caminho a ser percorrido, e é por isso que a Amazon se dedica a reduzir seu impacto no meio ambiente”, explica Saori Yano, responsável pela sustentabilidade das operações da Amazon no Brasil. “Estamos cientes de que é uma longa jornada, mas continuamos otimistas com os esforços que deixarão um impacto positivo e duradouro no planeta e nas comunidades em que operamos. Com iniciativas diárias e relevantes, já estamos reduzindo as emissões de carbono e desempenhando um papel importante no combate às mudanças climáticas e na preservação do planeta. Queremos colaborar ativamente na construção de um futuro mais sustentável e equitativo para todos e todas”.
*Foto: MikeDotta / Shutterstock.com