Falar sobre inovação tornou-se quase que pauta diária há, pelo menos, dois anos, quando a crise bateu e inovar era a única opção. O tema se perpetuou e o BR Week 2016 o trouxe como debate e prova de que é possível crescer e fazer história em meio a um cenário econômico considerado, por alguns, como desfavorável.
Alessandro Saade, idealizador do Empreendedores Compulsivos, mediou a apresentação de dois cases de sucesso durante o debate “Fora da Caixa: ideias inovadoras que tornam o varejo melhor”.
Beth Paz, diretora de expansão da Nail Delivery, conta que a ideia do negócio nasceu ao notar a necessidade da mulher paulistana devido ao trânsito e insegurança. “A ideia inicial era a de um negócios em domicílio, mas tomou uma proporção tão grande que, em dois anos e meio de existência, atendemos empresas como Eletropaulo e Microsoft”, conta.
A Nail Delivery oferece serviços de beleza e bem estar para mulheres e homens, seja nas empresas que contratam os serviços ou nas residências das pessoas. “Eu vim da Bahia para fazer uma pós-graduação, mas encontrei um espaço no mercado de serviços e servir é o que eu amo fazer”, comenta.
Beth encontrou um gap e fez dele sua oportunidade de empreender, crescer e aparecer. Mas como fazer isso quando o negócio já existe e parece ameaçado, como os shoppings centers? “Tínhamos um negócio baseado em aluguel de lojas em shoppings. Com o advento do e-commerce, fomos buscar ajuda e consultorias foram contratadas para nos ajudar a lidar com isso”, Conta Laureane Cavalcanti, head corporativo de marketing da Sonae Sierra Brasil.
Segundo ela, o maior desafio é o wi-fi, que dentro do shopping não tem qualidade. “O grande negócio é não depender do recurso do cliente, fazer com que ele queira estar no shopping porque é onde as coisas acontecem de maneira mais fácil”.
Enquanto em um case o serviço vai até o cliente, no outro, o negócio físico aspira tornar-se um meio em que o consumidor pense estar. “Não apenas pelas marcas e produtos, porque isso tem em qualquer lugar, mas pela experiência”, enfatiza Laureane.
Beth conta que atende grandes lojas de shoppings, como a Arezzo. “A marca tem seu próprio esmalte, mas quando tem alguma data ou evento especial, eles nos chamam porque nós temos uma máquina capaz de produzir o produto na hora. Eles nos contratam por causa da personalização, da experiência”.
“Quanto melhor você serve e de maneira mais nobre, mais vínculo você cria com o cliente”, finaliza Saade.