No primeiro semestre de 2016 (acumulado de janeiro a junho), o volume de vendas do varejo brasileiro caiu 7%, menor resultado da análise do mês de junho divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação entre junho de 2015 e 2016, a queda foi de 5,3%.
Ao mesmo tempo, a receita nominal do setor apresentou alta de 4,5% no acumulado deste ano e crescimento de 6% quando considerada a comparação de junho de 2016 frente ao mesmo período do ano passado.
Nos setores analisados pelo órgão, apenas um dos dez considerados no varejo ampliado apresentou variação positiva em seu volume de vendas no acumulado de janeiro a junho de 2016. A maior queda ocorreu no segmento de Livros, jornais, revistas e papelaria, com -17%, seguido de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, com -16,2%, Móveis e eletrodomésticos (-14,5%) e Veículos e motos, partes e peças (-13,7%) .
No comércio de Material de construção, ocorreu baixa de 13%, no volume de vendas de Outros artigos de uso pessoal e doméstico, a variação foi de -12,3%. Além disso, Tecidos, vestuário e calçados obteve retração de 11,1%, Combustíveis e lubrificantes, de -9,8%, e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, de -3,6%. O único setor com alta no período, o de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, obteve crescimento de 0,2%.
Apesar de apresentar uma queda menor que outros setores, o segmento de Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo teve a maior contribuição na formatação da taxa global da análise, já que representa um departamento de constante presença no cotidiano do consumidor e que sente o baixo consumo de forma mais evidente.