O volume de vendas do varejo do Estado de São Paulo registrou queda de 13% em julho deste ano, na comparação com o mesmo mês de 2015. A retração foi maior que a registrada em junho (-10,5%) e semelhante à de maio (-12,9%).
O levantamento, realizado pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) se refere ao varejo ampliado (inclui automóveis e material de construção), e mostrou também que no acumulado de janeiro a julho, a queda foi de 6,6%. Resultado semelhante ao registrado na variação em 12 meses, de -7%.
De acordo com o presidente da ACSP, Alencar Burti, os resultados negativos de julho continuam refletindo a severa crise enfrentada pelo varejo. “Mas esperamos um arrefecimento das quedas até o final do ano, devido à base mais fraca de comparação, à redução dos estoques e ao início da recuperação da confiança de consumidores e empresários”, avalia.
Segundo a pesquisa, os setores que registraram menores quedas, em julho, foram Farmácias e perfumarias (-5,2%) e Supermercados (-0,5%), por comercializarem produtos essenciais. “São segmentos tradicionalmente mais resistentes à recessão”, comenta Burti.
Por outro lado, as maiores quedas em julho foram registradas nos setores mais dependes do crédito: lojas de Móveis e Decorações (-29,3%) e Concessionárias de Veículos (-24,8%). Destaque para Vestuário, que encolheu 20,3% em razão da alta do dólar.
No acumulado do ano, o segmento de Farmácias e perfumarias subiu 0,9%. Já o setor de supermercados registrou alta mais tímida, de 0,2%.