O IDC Brasil divulgou nesta segunda (22) os dados consolidados do mercado nacional de tablets no segundo trimestre do ano 2014. Foram vendidas 1,94 milhão de unidades de abril a junho, número 12% menor do que no primeiro trimestre do ano e apenas 1% superior ao mesmo período do ano passado.
De acordo com o analista de mercado da IDC, Pedro Hagge, o que provocou os números tímidos foi o foco dado pelo varejo aos televisores e smartphones no período pré-Copa do Mundo. No semestre, as vendas de tablets acumularam 4,2 milhões de unidades, 21% superior aos seis primeiros meses de 2013.
Para Hagge, os tablets voltarão a crescer em vendas aceleradas no 2° semestre, com estimativa de venda de 10 milhões de unidades até o final do ano. ?Os tablets atendem de crianças a idosos e as vendas devem ser impulsionadas no varejo em ocasião do Dia das Crianças, Black Friday e Natal?, avalia.
O analista do IDC descarta o processo de ?canibalização? dos tablets pelos smartphones no Brasil, pelo menos por enquanto. ?Os equipamentos disponíveis no mercado com características que levam a essa substituição têm preços que os posicionam para públicos distintos?, explica.
Um tablet com tela de 7 polegadas é um produto de entrada em sua categoria e custaria a partir de R$ 160, enquanto um smartphone com tela maior custa mais de R$ 1.000, preço muito alto para ser considerado como opção.
Ainda de acordo com Hagge, o tablet é hoje o dispositivo mais barato para quem procura um produto para acessar a Internet, já que 77% das unidades vendidas no último trimestre custam até R$ 500, quando há um ano, essa participação era de 41%.
?A concorrência nos produtos de entrada tem crescido muito e até mesmo fabricantes que antes ofereciam produtos com preços menos acessíveis e mais saudáveis estão competindo na faixa de dispositivos mais baratos, em detrimento da qualidade?, conclui.
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