Em abril, o varejo de São Paulo faturou R$ 1,49 bilhão a mais do que o mesmo mês do ano passado. O valor corresponde a um crescimento de 1,6% no acumulado do ano e é considerado uma tentativa de melhoria dos níveis de consumo de forma homogênea no Estado. A coleta da pesquisa foi feita antes do agravamento da crise política, com delações envolvendo o presidente Michel Temer, em maio deste ano.
Os dados são da FecomercioSP que avalia 16 regiões de São Paulo para fazer a pesquisa. Dentre as participantes, apenas duas tiveram queda nas vendas em abril, Osasco (-3,4%) e Guarulhos (-0,6%).
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No acumulado dos quatro primeiros meses deste ano, as vendas cresceram 2,7%, o que representa R$ 5,1 bilhões a mais nas receitas. Já no mês de abril, as regiões de ABCD, Araraquara e Sorocaba foram as que mais venderam.
Por atividades
A pesquisa analisa nove atividades. Dessas, cinco tiveram aumento em seu faturamento real de abril: supermercados; lojas de vestuário, tecido e calçados; eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos; lojas de móveis e decorações; e farmácia e perfumarias.
As retrações foram observadas nos segmentos de materiais de construção; outras atividades; autopeças e acessórios; e concessionárias de veículos pressionando uma queda de 1,7% nas vendas do varejo paulista.
Análise
Para o FecomercioSP, a melhoria sinaliza uma relativa solidez na tendência de melhoria dos níveis de consumo, que é bastante positivo e alentador.
“Analisando as situações econômicas e política ocorridas em abril, estavam presentes todas as circunstâncias mais propícias para o varejo responder positivamente ao cenário, como quedas dos juros e da inflação, melhoria na renda agrícola e das exportações e resultados mais alentadores no âmbito da geração de emprego, ao lado da injeção dos recursos de FGTS”, diz a instituição por meio de nota.