Após os últimos acontecimentos que agitaram o País, as associaçãos ligados ao varejo se posicionaram a favor da saída da presidente Dilma Rousseff do governo. Em nota a Apas (Associação Paulista de Supermercados) afirmou apoior “veementemente o processo de impeachment”.
Para a Associação, os últimos acontecimentos, como a subida do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva à Casa Civil, se configuram como uma “afronta à população brasileira”.
“Nosso setor já superou diversas crises econômicas, mas nunca vivenciamos um cenário político tão caótico, mediante às denúncias que crescem a cada dia, às tentativas infundadas do governo em mascarar o óbvio e à crescente insatisfação da população”, disse a Associação.
A associação afirmou que o setor supermercadistas é um dos mais importantes do país e está sofrendo com tanta instabilidade. A entidade também é clara ao apoiar o Ministério Público e a Polícia Federal. “[Os dois órgãos] têm feito um excelente trabalho contra a corrupção, sem se importar com a ‘magnitude’ de nomes ou cargos de qualquer que seja o partido. Reforçamos também o apoio à continuidade da Lava Jato e do trabalho do excelentíssimo juiz Sérgio Moro, como uma forma de caminharmos até o fim das investigações e punirmos todos os envolvidos”.
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A Apas afirmou ainda que “acredita que o impeachment da presidente Dilma Rousseff é único caminho viável em curto prazo para enxergamos uma nova perspectiva e, assim, trilharmos o caminho da retomada do desenvolvimento do Brasil”.
Já a Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) e a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) apoiam a renúncia da presidente. “A hora agora é de buscar soluções que possam ser implementadas com a rapidez necessária para impedir que não apenas a economia e o quadro social continuem a se deteriorar, como para evitar que as instituições sejam comprometidas e dificultem a busca de caminhos que preservem a normalidade democrática e levem à punição exemplar de todos os envolvidos nos casos de corrupção”, disse o presidente das entidades, Alencar Burti.
“Somente um gesto de grandeza por parte da presidente Dilma poderá propiciar a busca de um entendimento que permita começar a mudar o quadro dramático que o País atravessa: a renúncia. Esse ato não significa se considerar culpada pela crise e pela falta de governabilidade, mas ser responsável pela busca de uma solução”, enfatizou Burti.
Em nota, a FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) disse que “hoje, temos um governo que ignora a voz das ruas, de suas entidades empresariais, de suas instituições, e ainda trata o bem público como coisa privada. Grupos se engalfinham na luta pelo poder e olham para o Estado com o único objetivo de satisfazer seus próprios interesses”.
A Federação defente do bom senso do Governo e pede a “todas as personalidades e forças políticas da Nação, sem exceção, para que deixem de mirar seus interesses particulares e grupais”.
“Nesse momento é preciso unir forças para tirar o Brasil do atoleiro. Basta de interesses mesquinhos, personalistas e individuais. É hora de pensar e agir com generosidade e grandeza, pelo bem da Nação. Com isso, declaramos o nosso apoio a todos os que lutam pela democracia e contra a corrupção que manchou a historia do nosso País”, encerrou a Federação.
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