Diante de um resultado negativo do PIB brasileiro, entidades ligadas ao setor se posicionaram pedindo ação rápida do Governo para conter um aprofundamento da crise econômico que impacta diretamente o bolso dos brasileiros e, por consequência, os resultados do setor.
?Como já era esperado, a retração do PIB em 2015 foi puxada pela queda no consumo das famílias e, também, pelo forte tombo da formação bruta de capital fixo. Tudo isso capitaneado pelo impasse político-institucional, que afeta inclusive os presidentes do Legislativo e do Executivo. Espera-se que haja uma rápida solução para essa dificuldade política para que comecemos, então, a enfrentar o problema econômico?, disse Alencar Burti, presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (ACSP).
A FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) acredita que o Brasil apresentará nova queda neste ano. Para a Federação, o resultado é fruto de “desajustes internos dos principais fundamentos econômicos e da demora do governo em adotar as medidas necessárias”.
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Segundo os economistas da Federação, os baixos investimentos e o recuo do poder de consumo dos brasileiros apontam para mais um ano de queda do PIB, o que configuraria a primeira vez de dois anos seguidos de recessão na história econômica do País.
Na avaliação da Federação, o mais preocupante é a falta de investimentos, que mesmo tendo se deteriorado muito em 2015, não dá sinais de que a economia já chegou no fundo do poço. “Nada impede de que em 2016 a queda do PIB seja semelhante à vista no ano passado, ou até maior”, diz a Federação.
Para a ABAD (Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores), a queda do PIB só traz mais desafios ao setor. “Longe de ser uma surpresa, o indicador apenas ratifica a ineficiência da cartilha econômica do governo e sinaliza que, ao longo de 2016, se faz necessário um amplo esforço conjunto, do governo e da sociedade, no sentido de colocar em prática medidas que destravem o crescimento do país”, disse a associação, em nota.
“É preciso enfrentar com urgência temas que, embora difíceis, são fundamentais para a retomada do crescimento. Simplificação tributária, flexibilização trabalhista e reforma da Previdência são alguns dos mais urgentes”, diz a Associação.
Diante do cenário recessivo, a Confederação Nacional do Comércio revisou o desempenho do setor para uma queda de 8%.