O mês de maio registrou o menor faturamento real do varejo paulista nesta década – um fechamento de R$ 46,1 bilhões, 4,5% menor que o mesmo período de 2015. A constatação é da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base em informações da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP). No acumulado de 12 meses, a queda foi de 5,9%.
Entre as nove atividades pesquisadas, apenas três apresentaram crescimento em maio no comparativo com o período de 2015: farmácias e perfumarias (10,3%), autopeças e acessórios (6,8%) e supermercados (2,2%). Juntos esse segmentos amenizaram a queda geral em 1,5 ponto porcentual.
As lojas de vestuário, tecidos e calçados (-15,8%), eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos (-14,9%), materiais de construção (-13,2%) e lojas de móveis e decoração (-10,5%) registraram os piores desempenhos em maio e, em conjunto, colaboraram negativamente para o índice geral em 3,9 p.p.
Na visão da FecomercioSP, os resultados estão de acordo com as suas estimativas que já haviam sido divulgadas sobre o mês das mães, que apontavam diminuição das vendas no varejo, inclusive nas atividades onde, sazonalmente, a data costuma apresentar crescimento, como a de vestuário.
Os segmentos que apresentaram baixa acompanharam a queda do comércio paulista, sendo que o destaque positivo ficou com as lojas de autopeças, que exibiram crescimento expressivo beneficiando-se da forte queda na comercialização de automóveis novos e a consequente necessidade maior de reparos nos carros usados.