O volume de vendas do varejo ampliado no estado de São Paulo caiu 5,9% em 2015 em comparação com 2014. Os dados são do ACVarejo, pesquisa da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), elaborada com base em dados de faturamento do setor, enviados pela Secretaria da Fazenda do Governo do Estado de São Paulo (SEFAZ-SP).
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Os resultados mostram um aprofundamento da contração do comércio paulista, explicada pela queda da renda, pelo aumento do desemprego e pela escassez de crédito. A crise do varejo é sentida por todo o país, porém, de forma mais intensa em São Paulo, já que o estado sofre de forma mais aguda os efeitos da retração da indústria.
?O varejo paulista teve um ano difícil em 2015, devido à deterioração dos fatores macroeconômicos, que minam a confiança do consumidor. Enquanto a situação permanecer igual, não podemos esperar uma recuperação da atividade comercial?, afirmou em nota Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação da Associação Comercial do Estado de São Paulo (Facesp).
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No varejo restrito – que não inclui concessionárias de veículos e lojas de materiais de construção ?, a queda foi de 3,5% em 2015 frente a 2014.
Em 2015, ocorreu retração das vendas físicas em quase todos os segmentos analisados pela pesquisa, com destaque para as concessionárias de veículos (-17,3%) e lojas de departamento, eletrodomésticos e eletroeletrônicos (-13,4%). Registrou-se crescimento nas vendas unicamente para farmácias e perfumarias (3,1%) e supermercados (0,6%), que, em geral, se referem a itens de menor valor e mais essenciais para as famílias.
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