O nível de adequação dos estoques do varejo da região metropolitana de São Paulo subiu 6,4% em fevereiro, na comparação com janeiro, segundo mostra indicador da FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) divulgado hoje (22).
Apesar disso, o indicador que mede o nível de adequação dos estoques caiu 9,6% na comparação com o mesmo mês de 2015 – o que mostra que o varejo ainda precisa se adaptar melhor a uma realidade de baixo consumo. Ou seja, ainda há empresário perdendo dinheiro com sobra de itens no estoque.
O indicador mede a percepção dos comerciantes sobre o volume de mercadorias estocadas nas lojas, e varia de zero (inadequação total) a 200 pontos (adequação total). A marca dos cem pontos é o limite entre inadequação e adequação. Em fevereiro, o nível de estoques chegou a 96,6 pontos em fevereiro ante 90,8 em janeiro.
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No mês, o número de empresários que afirmou estar com estoques em situação adequada subiu de 45,3% em janeiro para 48,2% em fevereiro. Já aqueles que dizem ter estoques abaixo do adequado chegou a 15,8%, ao passo que aqueles que afirmam ter excesso de mercadorias chegou a 35,7%.
Segundo os economistas, os dados sugerem que, “apesar da elevada proporção de empresas com estoques inadequados, os empresários parecem ter compreendido a gravidade da crise econômica, e a tendência é que o varejo consiga se ajustar à nova realidade do mercado”.
Ainda de acordo com a Federação, “ao longo do ano não é esperada uma retomada do crescimento da economia, mas agora os empresários têm noção mais clara da profundidade e da duração dessa crise, que atinge o consumo e gera aumento do desemprego – que deve se acentuar no primeiro trimestre. Diante desse quadro, a expectativa é que nos próximos meses o excesso de estoque seja eliminado, não em decorrência da retomada das vendas, mas pela redução de novos pedidos, já percebida no varejo”.
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