Nos primeiros seis meses deste ano, foram fechadas exatamente 67,9 mil lojas com vínculos empregatícios no País – resultado da relação entre o total de aberturas e o total de fechamentos.
O número é nada menos que 144% maior que o registrado no primeiro semestre de 2015, quando foram fechados 27,8 mil estabelecimentos comerciais segundo números da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo).
A confederação chegou ao número tendo como base os dados do Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS). Considerando apenas o segundo semestre de 2015, foram fechadas 73,1 mil lojas.
No ano passado, foram fechadas 100 mil lojas – resultado que correspondeu a uma retração de 13,5% no número de estabelecimentos comerciais que empregavam ao menos um funcionário. Mesmo diante de uma queda de 1,6% nas vendas em 2014, ainda naquele ano, o setor havia contabilizado a abertura líquida de duas mil lojas.
“Ainda longe de vislumbrar uma saída para uma crise sem precedentes na sua história recente, o varejo tem acumulado uma sequência inédita de retrações no volume de vendas nos últimos meses”, comentou a federação.
De acordo com dados mais recentes da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do IBGE, de janeiro a maio de 2016, o varejo registrou queda 7,3% no volume de vendas do varejo no conceito restrito – o pior resultado desde o início da pesquisa há 15 anos, superando, inclusive, a queda de 3,7% registrada em 2003.
No conceito ampliado, que incorpora os resultados do comércio automotivo e de materiais de construção, a queda foi de 9,5% no mesmo período, superando sua primeira retração para esse período verificada em 2015 (-7,0%).