Os primeiros três meses do ano devem seguir complicados para o varejo, segundo IAV-IDV (Índice Antecedente de Vendas do Instituto para Desenvolvimento do Varejo), divulgado hoje (28).
A projeção é que os resultados de faturamento real, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, registrem queda de 6,6% em janeiro, 3,4% em fevereiro e de 2,9% em março de 2016.
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A projeção tem como base os últimos resultados dos associados ao IDV, que representa 68 grandes empresas varejistas de diferentes setores. Em novembro, as grandes redes tiveram queda real de 7,8% nas vendas. Em dezembro, a queda real – descontada a inflação – foi de 3,9%.
Dentre os segmentos que apresentaram queda forte o de bens duráveis foi o que teve a queda real mais acentuada, de 9,8%, em relação ao mesmo mês do ano anterior.
Segundo o IDV, tal comportamento pode ser atribuído ainda pela baixa confiança dos consumidores e desafios no cenário de crédito. Para esse segmento, a projeção não é nada positiva: de queda de 7,2% em janeiro de 2016, de 2,3% em fevereiro e de 3,5% em março.
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O setor de semiduráveis, por sua vez – que inclui vestuário, calçados, livrarias e artigos esportivos – teve queda real de 8,5% em dezembro de 2015. E a retração deve continuar acentuada nos próximos três meses, com queda de 7,7% em janeiro, de 4% em fevereiro e de 1,7% em março.
O segmento de bens não duráveis, que responde em sua maior parte pelas vendas de super e hipermercados, foodservice e perfumaria, apresentou queda de 7,3% das vendas realizadas em dezembro.
O cenário dos próximos três meses segue a mesma tendência: de recuo de 5,8% em janeiro, de 3,9% em fevereiro e de recuo de 3% em março.
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