O varejo de alimentos, que inclui super, hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo fecharam 14,3 mil estabelecimentos entre janeiro e abril, segundo pesquisa da CNC (Confederação Nacional do Comércio).
O número corresponde a quase 12 mil estabelecimentos a mais do que o mesmo período de 2015, quando foram encerrados 2,4 mil pontos de venda no setor. Esses fechamentos representam um corte de 29,7 mil vagas formais.
O segmento responde por 30,3% do faturamento anual do varejo brasileiro e é responsável por 30,6% da força de trabalho no setor. Em 2015, 25,6 mil empreendimentos deste segmento fecharam as portas.
Os fechamentos foram generalizados, com destaque para São Paulo (-4,1 mil), Paraná (-1,6 mil) e Minas Gerais (-1,5 mil). Em termos relativos, as maiores retrações se deram no Amapá (-13,4%), Amazonas (-11,4%) e Espírito Santo (-11,0%).
Os estabelecimentos de médio porte foram os que mais fecharam unidades nos primeiros quatro meses deste ano: ao todo foram 6 mil. Os pequenos encerraram 4,6 mil empreendimentos, enquanto os micros, 3,2 mil.
Com a crise e quedas sucessivas nas vendas, o varejo de alimentos fez ajustes, até mesmo para fazer frente ao crescimento do atacarejo. “Já havia uma retração na demanda dos consumidores causada pela recessão profunda e prolongada. A alta dos preços contribuiu para aumentar o recuo nas vendas neste período, acentuando o ritmo de fechamento de pontos de venda com vínculo empregatício no varejo de alimentos”, avaliou, em nota, o economista da CNC, Fabio Bentes.