Em janeiro, varejistas paulistas estão mais cautelosos

Em São Paulo, os varejistas iniciaram 2017 um pouco mais cautelosos do que estavam no final do ano passado. Em janeiro, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) registrou queda de 4,3% com relação a dezembro, indo de 97,9 pontos para 93,7 pontos. Os dados são da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Em relação a janeiro do ano passado, porém, o índice exibiu crescimento de 25,7%.
A revista NOVAREJO digital está com conteúdo novo. Acesse agora!
A retração interrompe uma série de oito altas mensais consecutivas. A entidade aponta que o movimento é natural após as festas de fim de ano. Apurado mensalmente, o ICEC varia de zero (pessimismo total) a 200 pontos (otimismo total).
De acordo com a pesquisa, as grandes empresas continuam otimistas e registraram aumento significativo da confiança em janeiro. Enquanto nas companhias com menos de 50 funcionários o ICEC caiu 4,5%, nas grandes empresas, que empregam mais de 50 pessoas, o índice teve alta de 4,6%, na comparação com dezembro. Já em relação a janeiro de 2016, a alta foi de 25% e 55,3%, respectivamente.
A FecomercioSP acredita que as grandes empresas mostram forte recuperação na margem e crescimento ainda maior na comparação interanual. Elas estão mais confiantes do que as pequenas, ainda longe do diferencial percebido em tempos de crescimento econômico, como era observado ao longo da série histórica, mas caminhando para a normalidade, como ocorre em outros indicadores econômicos apurados pela Federação.
A entidade também aponta que a melhora da confiança dos empresários nos últimos meses não foi suficiente para romper a barreira do pessimismo (acima de 100 pontos), já que a situação presente acaba influenciando nas expectativas, uma vez que os empresários e consumidores seguem temerosos com a situação socioeconômica do País. Fora isso, lembra que o ritmo das vendas ainda está em patamares muito baixos e não existem sinais de melhora dos determinantes básicos do consumo (renda e emprego).