O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) na cidade de São Paulo sofreu queda de 1,7%, passando de 102,2 pontos em julho para 100,4 pontos em agosto. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, o índice caiu 4,5%.
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Apurado mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), o ICEC varia de zero (pessimismo total) a 200 pontos (otimismo total). Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, o índice apresentou a segunda queda consecutiva interanual, algo que não ocorria há mais de um ano, e registrou a quinta baixa no seu resultado mensal, aproximando-se da área limite que separa o otimismo do pessimismo (100 pontos). O resultado da pesquisa, em agosto, mostrou também o menor grau de otimismo dos empresários desde março de 2017.
Na análise por porte, as pequenas empresas (até 50 empregados) apontaram queda no índice neste mês. Com recuo de 1,9%, passou de 101,7 pontos em julho para 99,8 pontos em agosto. Para as empresas de grande porte, no entanto, a confiança avançou 3,8% – de 122,6 pontos no mês passado para os 127,3 atuais.
Indicadores
Os três quesitos que compõem o indicador apresentaram queda novamente na passagem de julho para agosto. O Índice das Condições Atuais do Empresário do Comércio (ICAEC) foi o que registrou a maior retração (6,4%), passando de 75,2 para 70,4 pontos (no comparativo anual, caiu 11%).
O Índice de Expectativas do Empresário do Comércio (IEEC) atingiu 140,5 pontos, ante os 140,7 pontos do mês de julho, leve queda de 0,2% – na comparação com agosto de 2017, sofreu retração de 4,3%. Por fim, o Índice de Investimento do Empresário do Comércio (IIEC) passou de 90,5 pontos em julho para os atuais 90,3 pontos (redução de 0,3%), porém, no contraponto anual, foi o único quesito que teve crescimento, embora baixo (0,8%).
De acordo com a Federação, com o cenário de incertezas tanto na área econômica quanto na política, os consumidores e empresários estão adotando uma postura mais cautelosa. Além disso, a proximidade do período eleitoral ampliou essa insegurança. Ainda de acordo com a Entidade, os efeitos da greve dos caminhoneiros ocorrida no fim de maio ainda parecem abalar o ânimo dos empresários, e muitas operações estão sendo ajustadas.
Com isso, esse período de incertezas deve continuar pelo menos até uma definição eleitoral, em outubro. Assim, a recomendação para o empresário do comércio é continuar com uma linha de atenção em suas ações e decisões, priorizando sempre austeridade em suas operações e evitando dívidas e altos estoques.