O uso desenfreado da inteligência artificial em diversas áreas levantou discussões importantes sobre essa nova tecnologia aliada à segurança internacional. Pensando nisso, os Estados Unidos devem propor no evento da ONU uma discussão sobre a regulamentações para o uso militar da IA.
De acordo com Bonnie Jenkins, diplomata do Departamento para Controle de Armas e Segurança Internacional, em entrevista ao Nikkei Asia, é importante impor normas mundiais para o uso da inteligência artificial principalmente na construção de armas e monitoramento militar no geral. “Precisamos de algo que possa regular, que os países estejam pensando, ou a indústria, sobre como usaremos tecnologias emergentes“, disse.
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Além dos EUA, a China e outros países já utilizam essa tecnologia para desenvolver sistemas de armas e outras plataformas que podem ser utilizadas em batalhas. Por exemplo, os norte-americanos já testaram e obtiveram sucesso com um caça F-16 modificado e pilotado totalmente via IA. Já a China supostamente teria desenvolvido um helicóptero drone que foi exportado para o Oriente Médio, o que preocupou países ocidentais.
Por isso a pressa dos representantes dos Estados Unidos em apresentar essa regulamentação durante o Primeiro Comitê da Assembleia Geral das Nações Unidas, em outubro. O que chega a ser controverso para outros países é que recentemente Washington se opôs a um tratado juridicamente vinculativo e à proibição do desenvolvimento de armas com utilização de inteligência artificial. A grande preocupação dos estadunidenses é o uso da IA para desenvolvimento de armas nucleares, principalmente vindas do oriente. “Termos os chineses conosco discutindo questões de doutrina militar, de redução de riscos, construção de confiança, são objetivos que nos deixam felizes”, completou Jenkins, explicando que as discussões estão amigáveis entre os dois países.
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