Nesta segunda-feira (4), a revista NOVAREJO e a Avanade organizaram um tweetchat para discutir as inovações no varejo nacional, ainda dentro da programação do Brazilian Retail Week, realizado de 28 a 30 de julho. As perguntas feitas pelos internautas foram respondidas pelos especialistas em varejo da Avanade Brasil, Rubens Jana, Marcelo Serigo e Álvaro Correia, em evento realizado no Twitter.
Foram citados cases de empresas bem sucedidas em conectar o seu varejo, como a rede americana de lojas de departamentos Kohl?s e a companhia aérea Delta Airlines. Os executivos também comentaram assuntos relativos à inovação, como o omnichannel e suas consequências para consumidores e lojistas, alinhamento de empresas, questões fiscais e dificuldades na implantação do varejo conectado no Brasil.
O primeiro internauta que tocou neste assunto foi Mário Belinatti, que abordou se a burocracia no Brasil não poderia ser um impedimento à implantação do varejo conectado. O líder de ERP da empresa, Álvaro Correia, respondeu que é sempre um problema em nosso País, mas que a empresa acredita que a implantação será positiva.
O Diretor de Desenvolvimento de Negócios para ERP, Rubens Jana, lembrou que há alguns desafios, mas que o mais impactante ainda é o fiscal. “A NFC-e vai ajudar muito na difusão do omnichannel”, disse. A Nota Fiscal do Consumidor transfere os dados da compra para os dispositivos mobile, diminui a emissão de papeis e constrói um big data do consumidor. Ela já foi aprovada pelo Governo Federal e o Estado do Amazonas já a colocou em prática, mas estimativa é que só em 2018 passe a ser usada pela maioria dos varejistas.
Marcelo Serigo, CTIO (Chief Technology and Innovation Officer) da Avanade, destacou que as tecnologias sem fio, como NFC, RFID, Beacons e Bluetooth estão transformando o varejo. “Este tipo de tecnologia permite identificar produtos, consumidores, geolocalização e, através da Internet das Coisas, tirar inteligência disso tudo”, afirma.
Patrícia Valonni questionou o fato de que alcançar a conectividade no varejo não é tão simples. “Varejo conectado parece fácil, mas minha experiência diz o contrário. O que você acha que falta ao varejo? Gestão? Tecnologia?”, perguntou.
Rubens Jana respondeu que tecnologia e estratégia devem andar juntas e que pesquisa mostra que 60% dos consumidores estão dispostos a pagar mais por uma boa experiência. Para Álvaro Correia, a tecnologia para gerenciar multicanais entre lojas e consumidores está disponível, mas nem todas as soluções do mercado se beneficiam dela da mesma forma.
Marcelo Serigo destacou que os principais benefícios da mobilidade para o setor são: “aproximar varejista e consumidor, trazer o poder do e-commerce para o varejo tradicional, com a venda assistida e utilizar o poder dos dispositivos dos próprios consumidores para auto-serviço”.
Patrícia Morita perguntou quais as principais dificuldades encontradas no varejo para implementar o cenário de varejo conectado. De acordo com Marcelo Serigo, hoje já existe a tecnologia e esse “não é mais um desafio”. A principal dificuldade, segundo o diretor, seria alinhar a “estrutura da empresa”.
Serigo prossegue em seu raciocínio, destacando que empresas que nasceram recentemente e são mais dinâmicas, geralmente podem se adaptar mais fácil e seriam, portanto, mais “alinhadas”, mas ressalta que isso não é uma regra.
Na Delta Airlines, se o voo é executivo ou de lazer o avião dispõe de sortimento adequado de produtos para compensar os passageiros por qualquer eventual inconveniente. “Cada avião e rota é agora uma loja a milhares de metros de altura”, conta Álvaro Correia. Já a Kohl?s, de acordo com os especialistas, foi bem sucedida em criar ferramentas tecnológicas que a apoiassem em sua meta de reduzir custos e melhor a experiência do consumidor.
A Avanade oferece aos varejistas a ferramenta Connected Retail, que utiliza a plataforma Microsoft e foi desenvolvido com base no conceito omnichannel. A convergência criada aumenta a possibilidade de uma experiência de venda diferenciada, como por exemplo, como começar uma interação de compra pelo smartphone e terminar na loja física.
Solução da Avanade aprimora experiência de venda