No Rio Grande do Sul uma estação piloto testa a eficácia da planta taboa, nativa da América do Sul, na limpeza do esgoto. As plantas são usadas em uma estação de tratamento experimental em Novo Hamburgo, Porto Alegre.
O biólogo Franko Telöken explica que conforme o esgoto passa, as bactérias absorvem matéria orgânica e nutriente ? sendo que a planta também absorve uma quantidade desses nutrientes e metais pesados. Os micro-organismos se alimentam de matéria orgânica e conseguem decompor os dejetos e deixar o esgoto mais limpo.
Os resultados mostram que, além da economia de energia ? que pode chegar a 70% ? em comparação com o sistema tradicional, o nível de despoluição é o mesmo. As plantas, no entanto, não podem ser retiradas dos banhados, por exemplo. Os técnicos colem apenas as sementes para que as mudas sejam produzidas no laboratório de uma universidade da região.
Os investimentos agora são nos testes para deixar a planta ainda mais eficiente.
No Rio de Janeiro, além da economia de energia, o tratamento de esgoto por meio de plantas beneficia os artesãos.
O tratamento de esgoto de Araruama, única estação de tratamento de esgoto sustentável da América Latina, acontece em quatro etapas. Na primeira, uma grade impede que os maiores detritos permaneçam juntos com o líquido; o esgoto segue para uma espécie delagoa no qual fica a céu aberto por uma semana para remoção da matéria orgânica. Depois ele é despejado nos reservatórios com plantas, que farão a absorção dos nutrientes. Por último, as plantas agora com raízes no solo terminam de limpar a água. No final, a água está dentro dos padrões exigidos para ser devolvida à natureza.
O mais surpreendente é que esse tipo de tratamento não gera odor. A estação tem capacidade para tratar 200 litros de esgoto por segundo, o que equivale a produção diária de 70 mil pessoas. Todo o processo de tratamento leva 13 dias.
Uma das plantas utilizadas no processo é o papiro. A cada três meses ele deve ser podado e replantado. As plantas cortadas são utilizadas para fazer adubo orgânico e também artesanato. Vinte artesãs de uma associação local usam o papiro na produção de diversos produtos vendidos aos turistas.
Com informações dos portais Band Notícias e Rede Globo.