Nessa gigante mudança de relações entre marcas e clientes, sobretudo após a digitalização acelerada pela pandemia, é fácil notar o quanto o consumidor se tornou mais exigente. E isso vale principalmente para os produtos de necessidade em que não é possível escolher uma marca. É o caso de distribuidoras de energia e gás, por exemplo.
Felizmente, esse é um cenário que vem mudando. Embora o consumidor final ainda não possa escolher qual distribuidora o atende, para as corporações, por exemplo, essa opção já é uma realidade. Assim, fornecer a elas o melhor e mais compensável serviço tem sido o desafio de inúmeras empresas do setor. E foi esse sentimento que levou o grupo Energisa a unificar seus negócios e lançar, nesta quarta-feira (23), sua mais nova marca: a (re)nergisa.
“Essencialmente, o nosso negócio era de distribuição de energia comum aos brasileiros. Mas, diante do novo momento do mercado de energia — que passa por uma transformação bastante grande —, vimos a oportunidade de diversificar os nossos negócios. Estamos em busca de uma conexão com esse novo momento que vive tanto o consumidor quanto a economia como um todo”, explica Roberta Godói, vice-presidente de Soluções Energéticas e líder da (re)energisa.
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Um contato mais alinhado ao consumidor atual
Com a (re)energisa, o grupo Energisa, que atende mais de 20 milhões de pessoas em 11 estados brasileiros, reuniu boa parte de seus negócios em uma única marca. Dessa forma, haverá uma integração e representação dos negócios não regulados do grupo de geração descentralizada através de fontes renováveis, comercialização de energia no mercado livre e serviços de valor agregado.
“Nós percebemos que uma parte considerável dos nossos clientes são CNPJs, com foco sobretudo em pequenas e médias empresas (PMEs). Então, essa nova marca vem para alinhar tudo aquilo que já fazíamos em um novo grande investimento. Temos uma visão de que o setor elétrico passará por mudanças aceleradas no médio e longo prazo, e esse é o nosso passo nesse caminho”, complementa a executiva.
Os planos para atingir esse novo mercados são um tanto quanto ambiciosos. Roberta ressalta que o grupo Energisa pretende investir cerca de R$ 2,3 bilhões em projetos até 2024, com um foco especial nas usinas fotovoltaicas.
“A alma da (re)energisa é renovável. Toda a nossa estratégia está em cima de crescer o nosso portfólio e também as nossas soluções de energias renováveis junto aos nossos clientes”, completa.
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A tendência da (re)energisa, explica Roberta, é andar na direção de um novo cenário de energia em todo o País. E, embora a distribuidora ainda não possa ser escolhida pelo consumidor pessoa física, esses parâmetros tendem a ser transformados.
“No futuro, provavelmente o consumidor terá mais liberdade para escolher a distribuidora por quem deseja ser atendido. E esse também é um foco, ser uma fornecedora de soluções energéticas, sempre pensando no lado renovável do setor”, aponta a executiva.
Um salto em direção à energia sustentável
Sendo a sustentabilidade o cerne dos negócios na (re)energisa, é de se esperar que parte desse gigante investimento seja voltado à melhora e aumento das soluções ecológicas, entre elas a instalação de novas usinas fotovoltaicas nos próximos anos.
“Nós hoje temos essas PMEs que já possuem créditos de energia por usarem uma energia mais limpa, renovável e solar. Em 2021, criamos 15 usinas fotovoltaicas e, de 2022 até 2026, faremos a construção de mais 150 usinas. Isso vai trazer uma capacidade de mais 460 mWp, algo muito substancioso”, diz Roberta.
Além disso, vale destacar que a (re)energisa também conta com um projeto já em fase de testes que possui uma solução de manutenção das usinas fotovoltaicas por meio de robôs, o que diminui os custos desses processos, além de aumentar a longevidade das placas solares.
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“Estamos desenvolvendo projetos de geração de energia a partir de biogás vindo de dejetos animais e vegetais, que vão permitir a exploração de outros subprodutos, como CO2 e biofertilizantes, além de ter a produção de biometano como uma alternativa ao biogás. Estamos construindo uma revolução na forma como nosso cliente poderá consumir energia. A era de commodities rapidamente ficará para trás”, conclui Roberta.
Ao todo, a nova marca pretende atingir um atendimento para cerca de 10 mil PMEs até 2026, o que também diminui a pegada energética do planeta. Isso virá também com um avanço significativo na comercialização de energia no mercado livre — aberto para escolha —, que já conta com um uso intensivo de analytics e inteligência artificial para a gestão e recomendação das melhores opções ao consumidor.
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