Mudança de ares e novas atividades podem contribuir para colaboradores de qualquer organização. Uma iniciativa das empresas está voltada ao trabalho voluntário em regiões e locais dentro e fora do Brasil que fogem do cotidiano das grandes corporações.
Fantástica. É como define Roberta Sadi, Black Lean Six da 3M do Brasil, nas Filipinas em fevereiro deste ano. Durante duas semanas no arquipélago com mais de 100 milhões de habitantes, a gestora participou de uma imersão em uma ONG dedicada à proteção de crianças em situação de vulnerabilidade.
O foco do trabalho de Roberta foi com o time de finanças interno, auxiliando na construção de um planejamento financeiro de longo prazo para otimizar os processos internos.
Sobre o projeto de voluntariado, Roberta conta que sempre se interessou por ações como essa. “Sempre me interessei por trabalho voluntário e por conhecer novas culturas, mas nunca tinha pensado que seria possível unir esses dois interesses. Quando soube do programa 3M Impact, aberto a todos os funcionários da empresa globalmente, achei incrível e logo pensei que adoraria participar”, conta.
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No Brasil
O desafio de um trabalho voluntário também acontece em terras brasileiras. Vilma Moreira, secretária na Mondel?z Brasil, está no comitê de voluntariado da empresa há cinco anos e já acumula experiências fora da caixa com atividades no Projeto Casulo e Arco, em São Paulo.
Vilma trabalha com crianças e jovens de cinco a 17 anos e busca estimular a prática de atividade física e o consumo de alimentos saudáveis. Além disso, a colaboradora da companhia também participa da equipe de palestras voltadas ao mercado corporativo.
Para ela, a troca de energia com as crianças e adolescentes é o ponto mais especial.
“Todos os envolvidos são beneficiados com brilho no olhar, sorrisos, sensações e troca de bons sentimentos. Percebo também que, na maioria das vezes, a simplicidade na organização das atividades é peça fundamental para o sucesso da ação”, conta Vilma.
Desde o início de sua participação com o trabalho voluntário, Vilma observou que esse tipo de atividade pode desenvolver diversas habilidades no participante.
“Tenho participado como uma das líderes do comité de voluntariado há 5 anos e percebo que esta experiência me possibilita exercitar outras ferramentas importantes para o meu dia a dia como profissional, como trabalho em equipe, empatia, orgulho, criatividade e relacionamento interpessoal”, afirma.
Mudanças na carreira
Roberta Sadi revela que sair da zona de conforto com a viagem às Filipinas foi fundamental para a sua carreira.
“Foi um grande aprendizado de que resultados grandes e difíceis podem ser alcançados quando se tem um time altamente diverso, focado e motivado. Também ganhei uma nova perspectiva em relação a propósito, ao que realmente é importante e a como podemos ir muito além do que estamos acostumados na nossa rotina”, diz.
Já Vilma, que trabalha permanentemente com o projeto de voluntariado na capital paulista, conta que seu olhar para o futuro mudou ao conhecer as crianças e jovens atendidos na comunidade.
“O voluntariado me permite entender que toda e qualquer situação sempre têm uma história por trás, e que, por pior que seja a situação do outro, ele está sempre aberto a aprender a como usar “a vara para pescar o peixe”. Isto é o voluntariado sustentável”, finaliza.