O aplicativo de vídeos TikTok recebeu mais uma ação judicial de valor bilionário por suposto coleta e uso ilegal de dados de crianças que utilizam o aplicativo. A ação, apresentada em dezembro de 2020, foi movida por Anne Longfield, ex-comissária infantil da Inglaterra.
“Estou iniciando uma ação judicial contra Tiktok UK em nome de milhões de crianças cujos dados foram ilegalmente tomados e transferidos para terceiros desconhecidos para fins lucrativos”, explicou.
Segundo Longfield, cerca de 3,5 milhões de menores estão envolvidos no caso desde maio de 2018. A acusação diz que o aplicativo da empresa ByteDance coleta informações privadas e pessoais como data de nascimento, endereço de e-mail, número de telefone, dados de biometria, histórico de navegação e localização dos celulares das crianças. O ofício solicita que a coleta seja suspensa e que os dados dos usuários infantis sejam excluídos.
“A reclamação alega que o TikTok e a ByteDance violaram a lei de proteção de dados de crianças do Reino Unido e da UE e enganaram os pais sobre o quão expostas as informações privadas de seus filhos quando eles usam o aplicativo”, descreve a ação.
Outra acusação
Não é a primeira vez que o aplicativo se envolve em polêmica sobre uso de dados infantis. Em 2019, a empresa foi multada pela Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos por coletar ilegalmente informações de crianças, violando a Lei de Proteção à Privacidade Online das Crianças.
Em defesa do aplicativo, um representante rebateu que a “privacidade e segurança são as principais prioridades do TikTok e temos políticas, processos e tecnologias robustas em vigor para ajudar a proteger todos os usuários e, em particular, nossos usuários adolescentes. Acreditamos que as alegações carecem de mérito e pretendemos defender vigorosamente o ação”.
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