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Stone desonera 30 milhões de reais para lojistas durante a pandemia 

Stone desonera 30 milhões de reais para lojistas durante a pandemia 

Confira as principais lições da Stone para o momento de crise que exige olhar para as oportunidades

Para mostrar as boas práticas no período da pandemia causada pelo novo coronavírus, a Consumidor Moderno transmitiu  um webinar, ao vivo, e exclusivo com Augusto Lins, presidente da Stone, Jacques Meir, diretor-executivo de Conhecimento do Grupo Padrão e Estela Cangerana, editora-chefe também do Grupo Padrão, para analisar o cenário atual e como a fintech brasileira se tornou um benchmark para o mercado.

Atualmente a Stone, empresa de serviços financeiros digitais, conta com mais de 450 mil clientes, está presente em mais de 1.500 cidades e possui capital aberto na Bolsa NASDAQ de Nova York, além de ser regulada pelo Banco Central brasileiro. E recentemente foi a vencedora do Prêmio Whow! de 2019 na categoria Adquirente e Meios de Pagamento e eleita a 19º na lista LinkedIn Top Companies.

O webinar recebeu um alto volume de perguntas, ao longo da transmissão, e em um próximo texto, a Consumidor Moderno colocará todas as respostas da Stone para as dúvidas levantadas pela audiência.

Veja os principais trechos desta conversa abaixo e assista ao webinar completo.

 

Estela Cangerana – Vocês atuam com os pequenos empreendedores que foram diretamente afetados por esta crise. Como vocês se movimentaram para este cenário?

Augusto Lins – Vinhamos acompanhando o que estava acontecendo na China e a Europa sendo contaminadas. Então, acendemos alguns alertas. Nós temos mais de 20 economistas em casa que estão acompanhando a microeconomia. E assim que os indicadores no exterior aumentaram nós tomamos providências. A primeira foi ter calma e pegar as informações nos principais canais de mídia. Pegamos a essência e ouvimos o Ministério da Saúde para ouvir o que precisávamos fazer. E aumentamos a comunicação com os nossos clientes para saber o que está acontecendo no mercado e quais são as preocupações destas pessoas.

Nós somos uma empresa com a cultura de empreendedor para falar com o empreendedor. Hoje, eu gasto entre 30-40% do meu tempo conversando com clientes, associações e potenciais clientes, para entender cada um dos ramos , saber as pressões e as dores, e como estão chegando as soluções que o governo tem apresentado.

Montamos um War Room, onde eu acompanho todos os dias tudo o que está acontecendo com o meu time, se houve alguma contaminação ou se houve alguma suspeita da doença. Ainda não tivemos nenhum caso grave, apenas algumas suspeitas. Somos um time de mais de 5.000 pessoas. Direcionamos todo o nosso trabalho interno para primeiro cuidar da saúde e segundo cuidar das rotinas operacionais básicas.

A Stone tem que ficar aberta o tempo todo porque estamos ajudando as pessoas a transacionarem e a continuarem a vender. Estamos aqui para ajudar o pequeno e médio empreendedor para vender mais, gerir melhor o seu negócio e crescer. Colocamos os colaboradores que poderiam para ficarem em home office. Aumentamos a nossa interação com os clientes e vimos uma interação muito grande com folha de pagamento e algumas despesas. Entendemos que o trabalhador precisa receber para continuar a sua vida.

Tomamos três ações. Dado o tamanho do problema fomos procurar o governo e oferecemos colocar soluções, como a infraestrutura das maquininhas – que já está m mais de 500 mil estabelecimentos comerciais –, e em função disso, conseguimos transferir crédito e dinheiro a fundo perdido. Mas o importante é que o dinheiro precisa chegar.

Jacques Meir – Como foi esta intermediação com o governo e como buscaram minimizar a insegurança do pequeno e médio empreendedor?

AL – Temos um time aqui de mais de 20 economistas, liderados por um PhD que é o Vinicius Carrasco, e ele chegou a produzir um artigo, para um jornal, junto com o Armínio Fraga, onde eles colocaram um pouco da realidade do momento atual. Usamos aqui a metáfora que o país foi atingido por um meteoro, que só o governo tem a capacidade de reorganizar o mercado. E passa por passar alguma tranquilidade e ajudar a irrigar esta economia que deu uma paralisada.

O governo teve uma primeira iniciativa em disponibilizar recursos. Entendemos que a prioridade era o salário. Teremos um problema grave que deixa de ser de saúde para um problema social. E tudo o que não queremos, é ter um problema social. 

Para os estabelecimentos comerciais o dinheiro disponibilizado ainda não chegou porque tem todo um trâmite via os bancos privados, que têm requisitos de crédito. Tomamos os passos, mas eles ainda não foram suficientes.


EC – Vocês têm trabalhado com a responsabilidade social para fazer o pequeno comércio girar. Queria que você explicasse o trabalho das campanhas Cuide do Pequeno Negócio e Compre do Local.

AL – Somos uma fintech que cresceu e teve a oportunidade de abrir o capital na bolsa Nasdaq e somos uma empresa que não basta crescer, mas que precisa impactar o seu ecossistema. E a cultura de tecnologia ela é muito colaborativa e trabalhamos muito no quesito de agile, de fazer produtos e testar e conversar muito com o cliente. E de uma destas conversas saíram as ideias do Compre Local e Ajude um Pequeno Negócio, porque este é o estabelecimento comercial que tem menos capital de giro, menos formação de gestão e menos opções.

Então, nós criamos este projeto que virou um movimento onde o objetivo principal é ajudar o estabelecimento comercial nesta travessia em três pontos. Ajudar a vender mais, gerir os negócios e dar um pouco de fôlego, como disponibilizar recursos da Stone, através de isenções e outras contribuições. Desoneramos algumas mensalidades e reduzimos taxas para flexibilizar um montante de aproximadamente 30 milhões de reais, para os lojistas que tiveram que fechar as suas portas.  

O segundo movimento foi para disponibilizar linhas de crédito para quem precisa navegar, com 100 milhões de reais para os clientes terem um fôlego para navegarem por este período. E na medida que o movimento ganhava velocidade, nós conversamos mais com os clientes e tivemos mais ideias, como clientes que conseguiam vender mas não recebiam.

Então, criamos a função Link de Pagamento, e através disso o cliente digita o número do cartão e o prestador de serviço tem direito ao recurso. Criamos também, em uma parceria com a MLabs, uma plataforma, que é uma rede social, para as pessoas anunciarem os seus produtos e conseguirem vender de forma remota. 

E para ajudar a melhorar a gestão do cliente, criamos uma ferramenta chamada Raio-x. O lojista que não tem o controle do fluxo de caixa tem isso integrado na maquininha.

EC – Temos falado muito da tendência Lobal (que é uma preocupação do que acontece localmente para o âmbito global, e não ao contrário), valorizando a cultura local. Isso está se intensificando nesta crise?

AL –  Nós temos intensificado o nosso posicionamento para as pessoas consumirem na sua região e isso vai de encontro com o que vocês têm reforçado. A ideia é que as pessoas fiquem mais próximas dos seus ecossistemas. Está mudando um pouco o hábito de “Eu vou para um super center fazer as minhas compras”. O consumo tem de ser mais próximo e temos fomentado ao longo da campanha Compre Local, para ajudar as pessoas próximas, são só porque isso vai lhe fazer bem, mas porque isso será bom para a sua comunidade. E este será um dos resultados, a partir desta crise: as pessoas vão olhar o seu entorno.

EC – Que mercado sairá desta crise? Como reativar a economia?

AL – Todos nós sairemos mais digitais. Todos nós estamos nos reinventando. Todos nós estamos consumindo mais eletronicamente. Eu não coloco a mão no dinheiro há três semanas. Estou fazendo uso de educação a distância, telemedicina e ginástica em casa. A retomada vai deixar este legado. O que vai atrapalhar a retomada para mim será o medo das pessoas, por conta de perderem o emprego e serem contaminadas.

JM – Eu acredito que quando pensamos de forma solidária, isso ajuda a estabilizar os laços de confiança. Evidentemente que vivemos um período em que o consumidor está desconfiado. Mas se atuarmos com solidariedade será muito mais simples fazer com que a confiança consiga se restabelecer e com que em um período de certa normalização das atividades, o país poderá retomar um caminho mais virtuoso.


EC – Que lição principal a gente tira desta crise?

AL – Este é um momento de serenidade, solidariedade, liderança para enfrentar a crise de forma serena. Mas eu prefiro a palavra “reinventar”. Acho que todos deveriam aproveitar o momento para refletir e isso fará a diferença no pós-crise.

JM – A minha é “perseverar”. Precisamos perseverar em um caminho virtuoso, precisamos perseverar em caminhos positivos, na capacidade de dialogar, de exercer o contraditório, procurar soluções de forma colaborativa, perseverar na crença que a inovação pode trazer soluções que ainda não vemos e que pode ajudar o nosso País em um caminho virtuoso e de progresso. O conflito não está gerando boas ideias. O conflito está fazendo com que as pessoas se distanciem.

 

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