Ciência ou estratégia? O DNA de toda empresa precisa de um pouco de inovação para dar certo? Ou é possivel inserir isso no dia a dia? Um painel do Whow! discute esse tema. Rafael Ribeiro, direitor executivo da ABStartups, começa a conversa contando sobre seu trabalho: a institução educa empreendedores, faz pontes entre startups, investidores e clientes. Além disso, tem conexão com grandes players do mercado para ajudar essas novas empresas. A ABStartups funciona também como uma colaboradora no sentido de legislação e influência política.
Em seguida, João Ramos, cofundador da Black Sheep Project, conta que a empresa tem o objetivo de levar o conhecimento sobre empreendedorismo para o dia a dia das pessoas, indo além das salas de reunião e de aula.
Carlos Mira, por sua vez, conta que trabalhou por muitos anos em uma transportadora, da qual era presidente-executivo. Em 2011, porém, começou a investir em um negócio – que, hoje, é o TruckPad, a empresa da qual é CEO e fundador. Naquele ano, Mira ele foi com João Dória (atual prefeito de São Paulo) conhecer o Vale do Silício. Lá, descobriu aceleradoras e startups e ficou apaixonado por apps e novos negócios. “Será que caminhoneiros não usariam serviços como esses?”, pensou. Ele voltou com essa questão em mente, viu uma oportunidade e investiu nela — mesmo tendo que brigar com o irmão (e sócio) para isso.
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Então, Mira buscou ajuda na Endeavor e entendeu o que é ser empreendedor. Inicialmente, jogou fora os ternos e cortou o cabelo. Depois, voltou ao Vale do Silicio, desta vez para levar a TruckPad para ganhar o prêmio de startup mais inovadora do mundo. “Fiz só o que achava divertido”, lembra. “O que é bacana é que tive que comprar os primeiros tablets para os caminhoneiros, mas hoje pelo menos metade dos caminhoneiros têm nosso app baixado”. No processo, ele entendeu que é fundamental poder errar e que dentro da grande empresa da qual era presidente ele não poderia.
Flavio Pripas, diretor do Cubo Coworking Itaú, mediador do painel, por sua vez, conta que a iniciativa nasceu da necessidade do Itaú Unibanco de ter a proximidade e a presença de startups e novos negócios em seu ecossistema. Nesse contexto, questiona aos colegas de painel: qual a maturidade das grandes empresas para lidar com as startups?
Ribeiro responde que as empresas não estão prontas para isso – inclusive por causa da burocracia. “Temos visto que a parceira com a startup só funciona quando a decisão é top down – ou seja, parte do CEO”, diz. “Se não for assim, a startup não consegue colocar em prática o serviço ou parceria”.
Nesse sentido, Mira conta que “tem preguiça de grandes corporações”, porque sempre que tenta fazer parceria com elas, acaba em briga — afinal, as grandes empresas querem que o app mude para satisfazê-las. Como bom exemplo, porém, ele cita a Mercedes-Benz, que possui um projeto na Alemanha focado em parcerias. E ele funciona.
A primeira edição do Whow! Festival de Inovação, organizado pelo Grupo Padrão, que publica NOVAREJO, acontece em mais de 70 lugares de São Paulo. Acompanhe a cobertura aqui e nas redes sociais com a #WhowFestival!
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- Melissa Lulio
- 3 min leitura
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