A startup finlandesa Solar Foods desenvolveu um processo que utiliza o CO2, gás carbônico, presente no ar para gerar um alimento, semelhante a um tipo de farinha, composto principalmente de proteína.
O gás carbônico (CO2), um dos elementos responsáveis pelo efeito estufa, é emitido em diversos processos de combustão, como em veículos e usinas, e corresponde a um risco real ao meio ambiente.
O processo bioquímico envolve a fermentação a partir de uma bactéria, como na produção de cerveja, por exemplo. Os ingredientes são água, nutrientes, vitaminas, CO2 capturado do ar e aplicação de energia. No caso, a energia utilizada é a solar, o que torna o alimento ainda mais sustentável.
Segundo a Solar Foods, sintetizar o ingrediente requer 250 vezes menos água que para produzir a mesma quantidade de soja e 1500 vezes menos que na criação de gado.
LEIA MAIS: Confira a edição online da Revista Consumidor Moderno!
A startup afirma que o processo causa cem vezes menos impacto ao meio-ambiente do que qualquer outra proteína, seja vegetal ou animal. “Como não usamos açúcares e outros insumos vegetais no processo, podemos nos desconectar completamente da agricultura”, explica Pasi Vanikka, CEO da startup, em comunicado.
O ingrediente foi batizado de Solein e é formado por cerca de 50% de proteína, 25% de carboidratos e 10% de gordura. A Solar Foods irá solicitar uma licença para alimentos na União Europeia ainda este ano, e tem planos para iniciar a comercialização em 2021.
Democratização
A ideia da empresa, no entanto, não é vender a Solein nos mercados, e sim criar produtos mais apelativos com o ingrediente e estabelecer parcerias para o comércio.