As pautas sociais e sustentáveis fazem cada vez mais parte do dia a dia das empresas, que ainda buscam os caminhos mais eficientes para gerar valor a partir de estratégias ESG. No Brasil, um dos países mais desiguais do mundo e grande poluidor – todos os dias são produzidas mais de 38 mil toneladas de plástico, o equivalente a um ônibus articulado, de acordo com a Agência Brasil –, a adoção de uma postura responsável por parte das marcas é ainda mais importante.
Com o objetivo de promover uma atitude ambiental positiva e ampliar o acesso das pessoas à educação e a produtos e serviços, a cientista comportamental Claudia Pires fundou a so+ma. A partir de um aplicativo, a startup incentiva que pessoas entreguem materiais recicláveis que iriam para o lixo em pontos de coleta. Em troca, elas recebem pontos acumulativos que podem ser trocados por recompensas como cursos profissionalizantes, itens de alimentação e higiene pessoal, entre outros. Os benefícios também podem ser doados para ONGs.
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“Desenvolvemos uma tecnologia para influenciar o comportamento humano ao hábito da reciclagem. A ideia é eliminar o gap entre a consciência e a intenção de fazer algo, incentivando as pessoas a efetivamente fazer, porque a mudança só vem da ação, de fazer acontecer na prática. No fim do dia, não adianta ter apenas consciência e intenção de fazer a reciclagem se, realmente, não reciclar”, afirma Claudia Pires.
ESG na prática, de fato
A ideia é bem-vista por grandes marcas, que se tornaram parceiras da startup. Entre elas estão o Assaí Atacadista, a Heineken e a Ajinomoto. Ao adotar a solução, essas marcas têm o desafio de colocar em prática a economia circular e facilitar as práticas de ESG.
“Geramos valor porque, com um único serviço de base tecnológica, as empresas conseguem responder ao ESG. Do lado do “E”, temos todo o impacto ambiental que o ato da reciclagem gera: toneladas de resíduos encaminhados corretamente de volta para a cadeia produtiva, geração de renda para as cooperativas envolvidas, economia de água, energia, mitigação de CO2, entre outros.
Do lado do “S”, oferecemos melhor capacitação e acesso a serviços, além do apoio a ONGs e redução no impacto à saúde. Em relação ao “G”, oferecemos a rastreabilidade e a transparência de toda a jornada, do descarte do consumidor ao retorno à cadeia produtiva”, explica Pires.
Até agora, a so+ma já evitou a emissão de mais de 4 milhões de quilos de CO2 e economizou mais de 5,2 milhões de KWh de energia e 107,9 milhões de litros de água. Para o futuro, a intenção é implementar a tecnologia desenvolvida em diversos ambientes: escolas, fábricas, entre outros – criando uma cultura de reciclagem global.
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