Há poucos dias, o portal NOVAREJO informou que 68% das empresas brasileiras adotam home office. Contudo, a estratégia é recente. Um dos motivos pelos quais as empresas demoraram para adotar a estratégia é justamente a sensação de falta de “controle” e a insegurança de que os funcionários não executariam as tarefas da mesma forma que faziam dentro dos escritórios.
Essas inseguranças estão passando, principalmente em grandes cidades, onde a mobilidade urbana tem elevado os níveis de estresse das pessoas, e também porque estudos indicam que a oferta de trabalho home office tem sido um dos fatores para a retenção de funcionários.
“Muitas pessoas me perguntam: por que home office? A resposta é simples: fomos condicionados desde sempre a participar de um modelo de trabalho ultrapassado, que surgiu quando as pessoas trabalhavam de forma diferente, as cidades funcionavam de outra maneira e a tecnologia estava longe de ser como é hoje. E se o mundo muda o tempo todo, precisamos também pensar em novas formas de trabalhar. Acreditamos que, hoje, o home office, seja a melhor forma de trabalhar”, afirma Tawan Pimentel, sócio da startup HOM.
A companhia criou um software que faz a gestão dos colaboradores em home office e que fica armazenado em nuvem. O sistema faz registros de horários, relatórios de produtividade e acompanhamento de projetos e atividades, além de diversas outras funcionalidades específicas para o trabalho remoto.
Como está em nuvem, a tecnologia pode ser acessada por meio de qualquer dispositivo, seja ele desktop ou mobile. E o gestor pode fazer o acompanhamento em tempo real da rotina do funcionário remoto; “Nessa primeira fase de desenvolvimento, o produto funciona apenas em Windows, mas já estamos trabalhando para oferecer uma nova opção que atenda aos usuários da plataforma MAC OS. Há planos também para desenvolver uma versão Mobile, seguindo a tendência dos softwares de Gestão”, afirma o executivo.
Segundo Pimentel, a startup nasceu para ajudar a eliminar algumas barreiras do trabalho remoto, como questões culturais dos colaboradores e gestores frente ao modelo de trabalho atual, a insegurança das empresas em relação à Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) e, principalmente, a falta de conteúdos e experiências reais deste modelo de negócio no mercado brasileiro, gerando a falta de conhecimento da área de Recursos Humanos para o processo de transição.
“Esta é a realidade brasileira e implantar o home office é diferente do processo de outros países. Muitas empresas multinacionais têm dificuldade para replicar os modelos ‘de fora’ porque aqui as pessoas vivem de um modo diferente, as Leis são outras e o home office ainda não é tão popular. E, quando existe, muitas vezes é praticado informalmente”, diz o executivo.