Em tempos de crescimento demográfico, a mobilidade urbana é tema central nas metrópoles brasileiras. Uma pesquisa mostrou como os jovens de nove capitais brasileiras pensam o modo como nos deslocamos nas cidades. A maioria dos entrevistados acredita na força dos aplicativos de transporte e das bicicletas. O estudo também mostrou o baixo interesse no carro próprio.
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O levantamento, realizado pela Alelo em parceira com o instituto Júnior Mackenzie, mostrou que 55,4% dos jovens de 16 a 24 anos que não possuem CNH (Carteira Nacional de Habilitação) não têm interesse no carro próprio. Entre os que ainda não tiraram a CNH, 41,1% alegaram falta de interesse ou de necessidade.
Soluções
Os entrevistados foram questionados sobre as melhores alternativas de mobilidade urbana em relação aos carros. A maioria é otimista: 65,2% acreditam que é possível encontrar soluções. A saída mais citada (23,6%) foram os serviços das empresas que desenvolveram aplicativos de transporte, como Uber, 99Táxis e Cabify.
Os jovens também acreditam que o desenvolvimento da malha metroviária beneficiaria os deslocamentos pelas metrópoles brasileiras. Cerca de 11% disseram que o investimento no metrô é o melhor caminho. Já 10,5% acreditam que o deslocamento feito com bicicletas é a melhor forma de evitar o inchaço no trânsito dos grandes centros.
Segundo o diretor de frota e mobilidade da Alelo, Roberto Niemeyer, a pesquisa confirma uma mudança de comportamento dos jovens. “Para os próximos 10 anos, eles já não contam mais com o carro como primeira opção em termos de mobilidade. Por outro lado, outros modais se revelam cada vez mais atraentes para esse público”, afirma Niemeyer.
Metodologia
A “Pesquisa Alelo Tendências de Mobilidade da Geração Z” ouviu 1.537 jovens, sendo 60% mulheres e 40% homens. Os jovens são de 9 localidades do Brasil – São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Goiânia, Porto Alegre, Recife e Salvador. Dos entrevistados, 60% tem renda familiar de até R$ 5 mil e 71% estudam em faculdades privadas.