Enquanto tem gente que continua não acreditando nos avisos científicos sobre o aquecimento global e nas alterações no clima (informações essas que começaram a ser divulgadas há mais de 30 anos, é preciso dizer) alguns lugares do planeta já sentem essas transformações. O derretimento das geleiras, o aumento no nível dos mares, as áreas dos oceanos já sem oxigênio… Tudo isso vem aumentando e está amplamente mapeado. A ponto de um site especializado em lifestyle e viagens – o Fodors.com – incluir em suas listas de destinos lugares em que sendo turista ou não, o viajante poderá observar de forma mais visível esses impactos. Listamos o top 5 dessa seleção que ninguém gostaria de ver. Acompanhe:
CIDADE DO CABO, NA ÁFRICA DO SUL
Em 2018, a capital sul-africana enfrentou uma seca nas torneiras de seus moradores como nunca se viu antes. As chuvas das quais a cidade depende simplesmente pararam de cair – o que começa a se tornar um padrão em diversos lugares do globo já que a atmosfera precisa se adequar às temperaturas. Uma seca das mais severas já havia atingido a Cidade do Cabo em 2015, impactando por três anos a vida dos habitantes. Em fevereiro de 2018 havia uma restrição de uso de 50 litros de água por dia. Havia até mesmo um chamado Dia Zero, data em que não haveria mais água disponível. As chuvas voltaram quando a situação já era crítica – foi a pior seca desde 1933. Mas o fantasma do Dia Zero continua assombrando a cidade.
KIRIBATI, PAÍS INSULAR DO PACÍFICO
Você talvez nunca tenha ouvido falar desse minúsculo país de pouco mais de 110 mil habitantes que fica no Pacífico Sul, no meio do caminho entre Austrália e Havaí. Formado por mais de 33 ilhas e atóis, ele já foi colônia britânica e apesar de ser considerado o país que menos recebe turistas no mundo, pode nem ter tempo de se tornar um destino real por conta do aumento das águas do oceano. Segundo as autoridades locais, os efeitos do aquecimento global já podem ser sentidos, já que a água salgada do mar começou a invadir algumas ilhas e certas lagoas de água doce começaram a se contaminadas. Algumas aldeias beira-mar já precisaram ser evacuadas e organismos corais mais sensíveis também começaram a morrer por causa do calor das águas. Acredita-se que até o fim do século, Kiribati pode já ter sido inundada.
VENEZA, NA ITÁLIA
Você deve se lembrar das notícias recentes informando a gigantesca inundação que atingiu uma das cidades mais visitadas da Itália no ano passado. Com água a mais de 6 pés de altura, a vida em um dos pontos turísticos italianos parou e o estado de calamidade foi instaurado. Tudo isso cerca de poucos meses depois de outra grande inundação já ter acontecido em 2018. A situação se complica com a informação de que, além de estar mais suscetível a ser coberta pela água do mar, a cidade dos canais também está afundando – literalmente. Desde os anos 2000, por conta do bombeamento das águas subterrâneas abaixo do local e uma movimentação das placas tectônicas, Veneza está cedendo. Mas ainda assim a prefeitura vetou, em novembro de 2019, execuções mais drásticas focadas em combater as mudanças climáticas.
EGITO, O PAÍS DO CALOR
Os últimos três anos registraram temperaturas quentes e recordes no país africano. A combinação de calor e seca está também secando o Nilo, um dos rios mais famosos do mundo e responsável pela maior fertilidade do país com seus ciclos de cheia e baixa garantindo margens férteis. A antiga cidade de Alexandria, por exemplo, sofre com o aumento do mar – e algumas previsões de especialistas no clima dizem que a cidade e o resto do delta do Nilo podem ser inundados até o final do século, causando um impacto na vida de mais de 5 milhões de pessoas. As ondas de calor vêm sendo cada vez mais fortes no Oriente Médio – região da Terra onde a civilização floresceu, é bom lembrar. Mas que pode se tornar a parte mais inóspita do planeta.
INCÊNDIOS NA AUSTRÁLIA
Bom, essa notícia é a mais recente e a mais trágica envolvendo as drásticas mudanças no clima. As regiões de New South Wales e Queensland estão em chamas e milhões – isso mesmo – milhões de animais morreram, além do desastre da fauna local. Pela primeira vez na História, uma fumaça tóxica cobriu a capital australiana Sydney em pleno Ano Novo. A fumaça é tóxica e as queimadas deram origem ao termo “Apocalipse Animal” para retratar o ocorrido. O ano de 2019 foi o mais quente dos últimos anos na Austrália – um dos países que se recusa a avançar nas negociações mais ativas para o combate ao aquecimento global. Por conta disso, o primeiro-ministro, Scott Morrison, vem enfrentando fortes críticas (ele estava de férias durante os incêndios e só retornou quando a situação virou uma calamidade pública). Vale ressaltar que a atual seca, que resultou na série de incêndios sem proporções, vem ocorrendo desde 2017.
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