O mercado de franquias cresceu 10,1% entre janeiro e setembro deste ano, segundo pesquisa da ABF (Associação Brasileira de Franchising). E acumula, com isso, um faturamento de R$ 99,385 bilhões.
O crescimento é nominal, ou seja, sem o desconto da inflação, que deve bater ultrapassar a casa dos 9% neste ano. Isso significa que, em termos reais, o setor ainda não conseguiu um desempenho expressivo. No terceiro trimestre, o mercado de franquias conseguiu crescimento nominal de 8,2%, na comparação com o mesmo período de 2014 – um total de R$ 35,5 bilhões.
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Entre os segmentos que mais cresceram em faturamento no terceiro trimestre estão Educação e Treinamento, Negócios, Serviços e Outros Varejos e Veículos, com 15% de crescimento, seguidos por Hotelaria e Turismo, com 14% de expansão.
Segundo a presidente da associação, Cristina Franco, a desvalorização do real e o fato de o franchising ter um ticket médio que cabe no bolso do brasileiro podem ter impulsionado setores como o de turismo, beleza e alimentação. ?Esses são segmentos tradicionais do franchising que souberam se adaptar rápido ao novo momento e capturaram uma oportunidade de um consumidor mais retraído, mas que não abre mão de alguns hábitos adquiridos como o cuidado com o bem estar e a alimentação fora do lar?, afirma Cristina Franco.
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Em número de unidades, o setor cresceu 2% de julho a setembro deste ano, totalizando 133.897 operações de franquias em atividade. ?Notamos que a redes tem sido mais conservadoras, mas não pararam seu processo de expansão. Vimos também diferenças entre os segmentos. Enquanto que o crescimento de Educação e Treinamento, Veículos e Hotelaria está mais ligado ao aumento do faturamento por loja, os segmentos de Negócios, Serviços e Outros Varejos e Acessórios Pessoais e Calçados tem sua expansão mais ligada ao crescimento do número de unidades de, respectivamente, 3% e 5%?, afirmou em nota Claudio Tieghi, diretor de Inteligência de Mercado, Relacionamento e Sustentabilidade da ABF.
Pela primeira vez a ABF mensura o número de unidades repassadas – ou seja, aquelas que foram repassadas como alternativa ao fechamento. O índice no terceiro trimestre foi de 0,6%.
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