A produção física do setor de embalagem recuou 2,59% no primeiro semestre do ano, em relação ao mesmo período de 2014. Considerando os números mensais, houve crescimento do índice somente junho: 0,99%.
Os dados são da Associação Brasileira de Embalagem (Abre), apurados pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (IBRE/FGV) e foram divulgados hoje (25).
De acordo com o levantamento, o volume bruto de produção de embalagem previsto para o ano é de $ 57,5 bilhões. A projeção para 2015 é de queda de 3%.
Para Salomão Quadros, economista responsável pelo estudo, os números refletem o cenário econômico. ?A confiança do consumidor vem diminuindo mensalmente e, consequentemente, houve redução no consumo rotineiro, o que impacta diretamente diversos setores da indústria, inclusive a de embalagem?, avalia. ?O levantamento visa oferecer um termômetro do segmento e buscar um norte para ações na indústria?, afirma Luciana Pellegrino, diretora executiva da associação.
O estudo mostrou também que o setor gerou 226.866 postos de trabalho no primeiro semestre de 2015, o que representa queda de 1,6% em relação ao mesmo período do ano anterior.
O segmento de plástico foi responsável por 52,97% do total de empregos gerados. Entretanto, na comparação com o mesmo período de 2014, a área de vidros foi a que apresentou o maior aumento no número de postos ofertados no mercado de trabalho (4,04%).
Gisela Schulzinger, presidente da Abre, destaca que no momento em que estamos, a inovação é uma questão de sobrevivência. ?Precisamos buscar alternativas fora da caixa para superar a situação atípica. Inteligência e estratégia são duas palavras que devem ser incorporadas pelas empresas de todos os segmentos?, afirma.
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