O faturamento do setor atacadista distribuidor cresceu em termos nominais 7% em maio na comparação com o mesmo mês de 2015. No entanto, se a inflação for levada em consideração, o resultado é outro: uma queda de 2,1%. No acumulado de janeiro a maio, a retração foi de -0,7% e, em relação a abril, -1,8%. Os dados são da pesquisa mensal da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (ABAD), apurada pela Fundação Instituto de Administração (FIA).
Para a análise, a entidade leva em consideração o faturamento de um conjunto representativo de empresas que fornece números preliminares sobre o setor. “Com foco na melhoria da produtividade e da competitividade, o setor tem conseguido superar as dificuldades”, pondera José do Egito Frota Lopes Filho, presidente da ABAD.
Para o executivo, as expectativas rondam as ações do governo interino no sentido de apresentar medidas emergenciais para impulsionar a economia. “Se houver sucesso, teremos um cenário melhor também no que diz respeito a inflação”, diz. Em sua visão, há evidências de uma possível retomada do crescimento: “E a principal evidência é a confiança de empresários e consumidores, que começa a sair do patamar negativo”.
Nesse sentido, a entidade espera uma retomada em 2017 e até mesmo dias melhores para o segundo semestre de 2016. A expectativa é fechar o ano com crescimento de até 1%. Em 2015, de acordo com os números da ABAD, o segmento atacadista distribuidor apresentou queda de 6,8%.