O executivo comparou o modelo atual de televisão aos cavalos que foram substituídos pelos automóveis como meio de transporte das pessoas. “O cavalo foi bom até termos os carros”, disse. “A era da televisão broadcast irá durar provavelmente até 2030”. Para o executivo, o modelo de televisão digital não linear substituirá o atual. Ou seja, não haverá queda na produção de conteúdo, mas a grade de programação será (ou já é?) coisa do passado.
Sobre isso paira uma questão subjacente um pouco maior: o que o futuro reserva para os provedores de TV a cabo em uma época em que mais e mais pessoas estão dispostas a aderir aos serviços de streaming, que dão mais flexibilidade à programação, além de preços muito mais atraentes?
Embora tenhamos um cenário diferente no Brasil, em que, segundo uma pesquisa do Ibope, mais da metade dos usuários de TV por assinatura não fazem uso de nenhum conteúdo pago e assistem apenas aos canais abertos, hoje temos conteúdos criados exclusivamente para serviços de streaming, mobilidade e possibilidades que a TV a cabo, mesmo com seus inúmeros subterfúgios, como conteúdos exclusivos e “locadoras” de conteúdo”, não conseguem suprir.
Além disso, existe o fator preço, cujo custo benefício pende indubitavelmente de forma vantajosa para o streaming. Mas será que isso é suficiente para fazer com que a TV no Brasil não perca o fôlego? Certamente serviços como o Netflix não ameaçam de forma definitiva esse mercado no nosso país, mas recriam paradigmas que fazem com que as operadoras precisem ser mais criativas nos seus planos de negócios e nos serviços oferecidos.
Você concorda? Acha que a audiência brasileira também está migrando para os serviços de streaming? Qual é a sua relação com esse tipo de serviço? Comente e participe da discussão peloTwitter e Facebook, sob a hashtag #StreamingOuTV.
* Com informações do Adnews e da Folha