A quantidade de dados disponíveis hoje é inquestionável: tudo em que você clica no seu computador gera informações sobre quem você é, o que consome, os lugares que frequenta. Isso é um prato cheio para as empresas que querem criar uma experiência de qualidade, focada, personalizada. Mas será que dados são suficientes? Essa foi uma questão discutida no painel A inovação mora nos dados ou nos insights?, durante o Whow! Festival de Inovação.
Para essa conversa, mediada por André Rossi, sócio fundador e head de marketing da numbr, foram convidados o diretor de tecnologia/CXO da Mutant, Bruno Couto; Eduardo L’Hotellier, CEO da GetNinjas e Daniel Ferreira, pesquisador de consumer insights LatAm do Facebook.
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Logo no início do painel, Ferreira, do Facebook, afirma que o que ele faz tem muita relação com o tema do painel, uma vez que sua função é interpretar dados para mostrar aos anunciantes a forma como eles precisam atuar. “Dados e insights andam juntos, pois dados, sozinhos, não são nada; insights, sem dados, são apenas uma opinião sem evidência”, afirma. “Estamos dentro de uma estrutura de soluções para anunciantes, trabalhamos com agências e empresas”. Nesse sentido, ele cita as ferramentas que o Facebook tem para empresas.
L’Hotellier, do GetNinjas, explica que os dados são fundamentais para a empresa. “É muito importante que haja um balanço entre dados e insights”, concorda com Ferreira. Nesse sentido, conta que a GetNinjas começou sem que houvesse dados sobre o mercado em que atua. “Vimos muito mais crescimento depois que adquirimos informações”, diz. “Hoje sabemos que é possível começar uma empresa sem dados, mas não é possível criar escala”.
Couto, da Mutant, conta que a empresa é focada em customer experience. “Esse processo começa com o mapeamento da jornada do cliente”, explica. Por isso, focam na mudança da experiência do consumidor final – clientes dos seus clientes.
Falando em dados…
Rossi, então, comenta sobre a importância dos “reviews” no dia de hoje. “Você acredita que essa nova dinâmica dos consumidores, de olhar para a rede social como um local de pesquisa, é relevante?”. Ferreira responde que sim, e que percebem uma pesquisa muito ampla de qualidade de produtos e serviços por meio do Facebook. Além disso, ele observa o aumento do uso do termo “user experience”. Isso significa, para ele, que o cliente está cada vez mais percebendo a força que tem.
Qualidade
Questionado pelo mediador, o executivo do Facebook comenta que, para entender a relevância dos dados, ele parte de uma pergunta: o que eu preciso saber? Em seguida, questionam onde é possível encontrar esses dados.
Couto, por sua vez, aponta que o caminho começa no mapeamento da jornada do cliente. “Nesse processo, começamos a chegar a perguntas: qual seria a atitude correta em uma determinada situação?”, explica. “Tudo o que construímos em forma de análise, forma uma visão do cliente. Construímos uma representação do contexto a partir da resposta de algumas perguntas”.
A primeira edição do Whow! Festival de Inovação, organizado pelo Grupo Padrão, que publica NOVAREJO, acontece em mais de 70 lugares de São Paulo. Acompanhe a cobertura aqui e nas redes sociais com a #WhowFestival!