A rede de livrarias Saraiva segue com prejuízo no terceiro trimestre deste ano. Ao todo, a companhia registrou um rombo de R$ 13 milhões. Apesar disso, o número é menor que o prejuízo de R$ 26,4 milhões registrados no mesmo período do ano passado.
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O resultado veio após queda de 2,9% no resultado líquido da empresa, que somou R$ 374,7 milhões. Esse recuo nas vendas veio essencialmente das lojas físicas, cujas vendas líquidas recuaram 6,3%. As vendas em mesmas lojas, aquelas abertas há mais de um ano, foram 7,5% menores. No sentido contrário, o e-commerce da marca segue em crescimento e foi 5,2% maior no período.
“Continuamos focados em capturar oportunidades de melhoria da eficiência operacional. Nesse sentido, temos buscado continuamente implementar iniciativas para racionalização de gastos e redução de despesas, melhorias de capital de giro e ganhos de margem bruta. Nossa margem bruta vem crescendo consistentemente pelo sexto trimestre consecutivo, quando comparamos com o mesmo período do ano anterior, mesmo diante de um ambiente de vendas mais fracas e acirramento competitivo”, disse a empresa em relatório.
Nesse sentido, a empresa segue estratégia de otimização de custos de ocupação, com a revisão do mix de categorias ofertadas e readequação do tamanho de algumas unidades da marca. Em setembro, por exemplo, a companhia reajustou a localização da sua loja dentro do Shopping Iguatemi de Porto Alegre e fez o mesmo no Shopping Iguatemi de Alphaville, em São Paulo.
“Com projetos arquitetônicos modernos e atrativos, as duas lojas reposicionadas contam com toda a variedade do mix de produtos da rede e espaços especialmente planejados para aprimorar a experiência dos clientes, estimulando a interatividade e contribuindo para aumentar o tempo médio de permanência dos clientes na loja”, afirmou a varejista.
A empresa também tem reforçado a estratégia multicanal, com o aperfeiçoamento do serviço de compras feitas no e-commerce para retirada em loja e início de projeto piloto em duas lojas para o Saraiva Entrega, serviço disponível nas lojas e integrado ao e-commerce, que permite a encomenda de produtos não disponíveis nas lojas e entrega na residência do cliente.
Ao todo, a marca fechou o trimestre com 113 lojas em 17 estados brasileiros e no Distrito Federal. No período, a companhia conseguiu melhorar o market share em livros, a principal categoria de atuação da empresa, para 24% em setembro.
Para os próximos meses, a companhia está otimista. “Mesmo com os desafios da conjuntura econômica, temos conquistado avanços importantes e permanecemos confiantes no caminho trilhado e na assertividade da estratégia e da capacidade de execução da Companhia. Os resultados já alcançados em 2016, como o ganho na participação de mercado, a melhora de margem bruta e a redução de despesas, fortalecem nosso posicionamento e nos deixam otimistas para avançar rapidamente na criação de valor”, disse a empresa.