Há algum tempo o carrapato é estudado pelos cientistas por conter uma substância que impeça o crescimento de tumores. Desta vez, a professora Maria Izabel Camargo-Mathias, da Universidade do Estado de São Paulo ? Unesp ? conduziu um grupo de pesquisadores que estudam essa possibilidade na glândulas salivares de carrapatos fêmeas.
Células cancerígenas foram injetadas na musculatura de ratos e, em seguida, era aplicado o extrato da saliva dos carrapatos. Após três semanas o que os pesquisadores notaram foi que, comparado a outros roedores que não passaram pelo tratamento, as células tumorais estavam controladas.
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?Existem mais de 400 propriedades na saliva dos carrapatos. São substâncias com vários potenciais, como anticoagulantes e anti-inflamatórios. Resolvemos então aplicar em células cancerígenas?, explicou Maria Izabel à Galileu.
Mais estudos são necessários para se saber, com certeza, qual substância presente nas glândulas salivares dos carrapatos da espécie Rhipicephalus sanguineus é responsável pela inibição especificamente.
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Os primeiros testes foram feitos em tumores musculares e resultaram em uma inibição de quase 70% do crescimento tumoral. Recentemente a equipe começou a estudar os efeitos da substância no fígado, pulmão e rim, e constatou que o extrato não afeta o sistema fisiológico dos indivíduos. ?Não é uma substância anticancerígena, por que não mata a célula cancerígena. Mas é uma substância capaz de conter a divisão e crescimento tumoral?, enfatiza Maria Izabel.
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Confira aqui o estudo publicado em inglês.
Com informações dos portais Galileu e Hypeness.