A Reserva Mini só tem “mini” no nome. Nascida a partir da marca de moda Reserva, há quase seis anos, a Reserva Mini, de roupas infantis, sempre ficou em segundo plano. “Tinha uma ou outra pessoa cuidando da marca, mas não tinha ninguém olhando no detalhe, dando foco para aquilo, olhando oportunidades e novas soluções”, conta Guilherme Abrunhosa, CEO da Reserva Mini. “Ela vinha muito a reboque da Reserva e acabava ficando para o segundo tempo sempre”, diz.
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A situação mudou a partir de 2015, quando o grupo olhou para os números do infantil e viu que eles poderiam crescer mais se tivesse mais autonomia. Naquele momento, Abrunhosa assumiu e ganhou um time. “Naquele momento o grupo entendeu que estava na hora de a marca ter vida própria, mas sendo inteligente em termos de estratégia”, diz. “Agora, tem gente lutando para que a Mini aconteça no tempo que ela precisa. Isso naturalmente vai dando agilidade para a marca”, conta.
Essa agilidade se traduziu em crescimento forte. Diferentemente do setor de vestuário no Brasil, que sofreu uma forte queda de quase 11% nas vendas no ano passado, a Reserva Mini cresceu 32% em “mesmas lojas” – aquelas abertas há mais de 12 meses.
O resultado do ano anterior não foi muito diferente, em torno de 28%. Um feito, considerando que em 2015 e 2016 o País passou pela pior crise econômica da história. Com 14 lojas na Regiões Sudeste e Sul, a empresa fechou 2016 com um faturamento que passou dos R$ 40 milhões.
Além das lojas próprias, a Reserva Mini atua com mais de 400 lojas multimarcas e com e-commerce. Em setembro do ano passado, a marca inseriu a linha para meninas que, hoje, já representam 20% do resultado de varejo da marca.
Crescimento sem fim
Para este ano, a projeção é de continuar crescendo. A ideia é subir o faturamento para R$ 60 milhões e totalizar sete aberturas, com foco em São Paulo e Rio de Janeiro – Estados nos quais a marca acredita que ainda há muito espaço para o crescimento.
“O mercado infantil vem sentindo menos o ambiente macroeconômico do que o mercado adulto”, afirma. O modo como o grupo tem encarado a crise e também a gestão lean, e a “conta-gotas”, ajuda a trazer resultados. “Crise foi uma palavra que em momento algum entrou na Reserva.
A gente conseguiu blindar um pouco a empresa e manter o foco. Tivemos de lembrar que, no fundo, a crise não muda nada o nosso dia a dia. Você continua tendo problemas e tendo de resolvê-los”, diz.
Em entrevista à NOVAREJO, Abrunhosa fala dos planos de expansão da marca, os investimentos no e-commerce e no digital, sobre o futuro da loja física e sobre experiência. “Experiência muito mais uma questão de atitude do que de muitas invencionices. É mais atitude do que investimento de fato. E isso a gente não aprendeu na NRF”, afirma.
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