Com a chegada do ano novo, as previsões de negócios começam a ficar cada vez mais frequentes. No varejo, em especial para o e-commerce — que segue em alta ascensão —, as estratégias e venda começam a evoluir e se diversificar. E tudo ruma para que o principal meio de conexão entre as lojas e o consumidor seja feito pelas redes sociais.
Em 2022, segundo estudo da Opinion Box em parceria com a All In, 71% dos brasileiros já usavam as redes sociais para fazer suas compras, uma estratégia de vendas que recebeu o nome de social commerce.
E ainda mais importante do que fechar a operação nessas plataformas, o estudo também revela que 75% dos consumidores nacionais também utilizam as redes para buscar novos produtos.
A maior parte das buscas e até compras é feita, inclusive, pelo Instagram (57%), seguido por Google Shopping (46%), Facebook e WhatsApp (ambos com 40%). O que significa que cada vez mais o canal de compras tem saído dos meios formais e caminhado para essas plataformas.
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Mas em 2023, com a ascensão da tecnologia, resta a pergunta: o que esperar o social commerce neste ano?
O mercado de social commerce deve inflar ainda mais em 2023
Um estudo da Accenture, realizado em 2022, projetava que o social commerce atingiu um total de U$ 492 bilhões globais, sendo a China e a Índia seus principais consumidores e provedores. Mas o valor ainda é pequeno se comparado o que foi projetado para 2025 — tendo esse ano como base para escalonar.
Até 2025, a pesquisa revela que o crescimento do social commerce será até três vezes mais rápido que o e-commerce tradicional, atingindo um total de U$ 1,2 trilhão daqui dois anos. Em 2023, essa ascensão também deve se fazer bem mais nítida.
Em linhas gerais, é provável que o Brasil avance ainda mais em suas estratégias de vendas para as redes sociais, seja com mais aderência às plataformas — em particular, com uma ascensão ainda mais evidente no WhatsApp e Instagram — ou mesmo com uma estratégia de benefícios exclusivos a esses canais neste ano.
A Geração Z será a principal clientela
O mesmo estudo da Accenture já mostrou que esse crescimento do social commerce acontece sobretudo por causa da Geração Z e dos Millennials, mais acostumados à comprar pela internet e com recomendação pelas redes — até mesmo dentro delas.
Até 2025, no entanto, as contas dessas gerações corresponderão a 62% da receita do social commerce, prevê o estudo. E há uma explicação bem mais lógica para isso, sobretudo relacionada à maneira que os consumidores brasileiros utilizam a internet na hora de efetuar uma compra.
A confiança dessas novas gerações — nativas digitais — dentro de sites ou redes sociais na hora de efetuar uma compra costuma ser maior que a das gerações mais velhas. E isso não é resultado somente do costume: os GenZ são menos suscetíveis a cair em golpes, porque conhecem boa parte das estratégias de fraude.
Isso os deixa não só mais abertos ao consumo online, como também mais suscetíveis a caminhar na direção das novas tecnologias sem medo e com maior aderência.
As redes sociais serão o principal canal de busca para o consumo
Além de se tornarem um espaço de consolidação de compra e venda, as redes sociais também prometem melhorar suas ferramentas de busca para trazer uma visão ainda mais fidedigna e atualizada dos produtos e serviços vendidos naquele espaço.
O TikTok, por exemplo, já se tornou um buscador para as gerações mais jovens, um espaço não só para procurar novos produtos como também para receber, ao mesmo tempo, uma avaliação em vídeo sobre o item desejado.
É uma evolução natural dos buscadores, que não somente caminha para mudar de canal, como também é construido por uma comunidade — e não só pela própria empresa que o oferece a seus consumidores.
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